Enfermagem Pediátrica : É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda,...
Enfermagem
Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem
dirigida à assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da
enfermagem que se dedica ao cuidado do ser humano em crescimento e
desenvolvimento, desde o nascimento até a adolescência.
Pediatria:
É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento
e desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência.
Neonatologia:
é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento
até completar 28 dias;
Puericultura:
também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da
manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e
desenvolvimento.
Hebiatria:
é o ramo da medicina que trata das alterações típicas da adolescência.
Classificação da infância
em grupos etários:
- Período neonatal: 0 a 28 dias;
- Infância: de 29 dias a 10 anos
- Lactente: 29 dias a 2 anos
- Pré – escolar: 2 a 7 anos
- Escolar: 7 a 12 anos
- Adolescência: de 12 anos a 18 anos.
** No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069, de 1990, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade (artigo 2o), e, em casos excepcionais e quando disposto na lei, o estatuto é aplicável até os 21 anos de idade (artigos 121 e 142). O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos. O conceito de menor fica subentendido para os menores de 18 anos.
RELACIONAMENTO
TERAPÊUTICO
O estabelecimento de um
relacionamento terapêutico é o fundamento essencial para o provimento de um
cuidado de enfermagem de qualidade.
O profissional Enfermeiro
precisa estar significativamente relacionado à criança e sua família, mas saber
separar-se e distinguir seus próprios sentimentos e necessidades, além de
estimular o controle da família sobre a atenção à saúde da criança.
Deve ser atencioso, mas
saber impor limites e manter uma comunicação aberta com a criança e a família.
As maiores dificuldades de
se estabelecer um relacionamento terapêutico estão no ambiente de cuidado
domiciliar, principalmente por se tratar de um ambiente informal.
O Enfermeiro deve:
Ajudar as crianças e familiares
a fazerem opções conscientes e agirem de acordo com os interesses da criança.
Trabalhar com os
familiares de modo a identificar suas metas e necessidades e planejar as
intervenções que melhor solucionam os problemas identificados.
Informar adequadamente à
criança e sua família sobre tratamentos e procedimentos.
Encorajar que a família
faça parte nos cuidados à criança e que mudem ou apoiem as práticas de atenção
à saúde existente.
Fazer provisão de cuidados
terapêuticos nos serviços que visa o uso de intervenções que eliminam ou
minimizam o desconforto psicológico e físico experimentado pelas crianças e
seus familiares.
Prevenir ou minimizar a
separação da criança de sua família.
Promover o senso de
controle.
Prevenir ou minimizar a
lesão corporal e a dor.
Melhorar o relacionamento
pais-filho durante a hospitalização.
Preparar a criança antes
de qualquer tratamento ou procedimento não-familiar.
Garantir a privacidade da
criança.
Oferecer atividades
recreativas que possibilitam que a criança expresse seus medos e agressividade.
Respeitar as diferenças
culturais.
CUIDADO
DOMICILIAR CENTRADO NA CRIANÇA E SUA FAMÍLIA
- O sucesso em implementar os cuidados de enfermagem no ambiente domiciliar é construído sobre uma base de colaboração entre a família e o profissional. Tendo como premissas:
- Comunicação com diálogo e escuta ativa.
- Consciência e aceitação das diferenças.
- Negociação.
- O Enfermeiro deve assegurar às famílias o direito ao sigilo das informações coletadas no histórico de enfermagem.
- Em situação de discordância entre família e profissional quanto aos procedimentos apropriados para o cuidado com a criança, deve-se respeitar as preferências paternas, desde que não traga risco ou prejuízos à saúde da criança.
- Sempre respeitar as diferenças culturais e não fazer julgamentos.
Atentar-se para a
curiosidade das crianças:
Medicamentos, agulhas,
seringas e quaisquer materiais contaminados devem ser armazenados com
segurança.
CUIDADO
HOSPITALAR CENTRADO NA CRIANÇA E NA FAMÍLIA
- Impacto da hospitalização na criança
- Ansiedade e medo da separação da família.
- Regressão de comportamento.
- Perda de “controle” e “poder”:
- Perda de confiança.
- Perda de autonomia e estabilidade decorrente à mudança de hábitos.
- Perda da privacidade.
- Comprometimento do rendimento escolar.
- Pensamento imaginário de que a hospitalização é uma forma de punição.
- Sentimentos profundos de raiva, tristeza e negação.
- Condutas de enfermagem que minimizam o estresse na hospitalização
Histórico de enfermagem na
admissão que assegure uma coleta sistemática de dados da criança e família, o
qual permitirá planejar um cuidado individualizado.
DESAFIO:
- Avaliar os hábitos de vida da criança em casa de modo a promover um ambiente doméstico no hospital.
- Permitir que os pais ou responsáveis fiquem ao lado dos filhos durante a hospitalização e procedimentos.
- Familiarizar a criança e família sobre as instalações da enfermaria.
- Estimular o autocuidado.
- Permitir e orientar que a criança e família participem de cuidados e/ou procedimentos.
- Criar ambiente agradável e amistoso.
- Ter um local reservado para procedimentos dolorosos.
- Cuidado com acidentes.
Buscar apoio da
psicopedagogia hospitalar:
- Propiciar atividades de acordo com a etapa de desenvolvimento da criança.
- Oferecer oportunidades recreativas para as crianças e sua família.
- Escuta terapêutica para crianças e sua família.
DOR
A partir dos três anos a
criança já é capaz de comunicar a dor que está sentindo.
Embora não tenha
capacidade de descrever o tipo ou intensidade da dor, elas podem localizá-la ao
apontar para uma área específica.
Nunca subestimar a dor em
criança.
Muitas vezes ao indagar as
crianças sobre a dor elas podem negá-la por temerem receber “injeção” ou por
acreditarem merecer uma punição por algum erro.
Podem também negar a dor
para um desconhecido, mas rapidamente admiti-la para os pais.
Atentar para as respostas
verbais, não-verbais e fisiológicas da dor:
- Rigidez corporal, agitamento, retraimento local reflexo da área estimulada.
- Choro alto, gritos, face de dor ou raiva.
- Falta de colaboração, solicita o término do procedimento.
- Expressões como: “Ai”, “Ui”, “Isto dói”, “Você está me machucando”, “Espere um pouco”.
- Aumento da PA, FR e FC.
- Escalas e instrumentos utilizados na avaliação da dor na criança
FACES
Utilizada em crianças até
3 anos.
FACE
0 sem dor
FACE
1 dói um pouco
FACE
10 dói o máximo.
Utilizada em crianças de 3
a 12 anos
0
significa sem dor
10
significa muita dor
Encorajar
pais e crianças maiores a expressarem o que dói, como dói e como aliviar a dor.
Administrar
analgésicos corretamente.
Controle
não-farmacológico da dor.