O Diabetes representa um fator de risco para as doenças cardiovasculares e cardiopatias e outros tipos de males. É uma síndrome de com...
No entanto, esta é a classificação TRADICIONAL, mas pesquisadores escandinavos identificaram cinco tipos diferentes da doença em diferentes perfis fisiológicos e genéticos.
Uma correspondente ao diabetes tipo 1 e as quatro restantes representam subtipos de diabetes tipo 2.
A pesquisa foi publicada no Lancet Diabetes & Endocrinology, e seu autor principal afirma: "As diretrizes de tratamento existentes são limitadas pelo fato de responderem a um controle metabólico deficiente quando se desenvolveu, mas não apresenta os meios para prever quais pacientes precisarão de tratamento intensificado.” No entanto, este estudo nos orienta a um diagnóstico mais clinicamente útil, representando um passo importante para a medicina.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes é classificado como tipo 1, tipo 2 e várias modalidades menos comuns como diabetes latente autoimune em adultos (LADA), diabetes da maturidade de início no jovem (MODY) e diabetes secundária.
A causa para ocorrência do desenvolvimento do diabetes do tipo 1 é a destruição auto-imune das células β das Ilhotas de Langerhans. Auto-anticorpos atuam contra contras as células β, contra insulina, contra os tecidos glutâmicos descarboxilase, contra tirosina fosfatase. (SMELTZER; BARE, 2002).
Já o diabetes tipo 2 é causada pela resistência à insulina e obesidade, esse último citado representa atualmente um grande fator de risco para o desenvolvimento da doença; é altamente heterogêneo (LUCENA, 2007 apude GUYTON; HALL, 2002).
O intuito deste estudo é estabelecer uma classificação de diabetes mais refinada que poderia permitir o tratamento individualizado e identificar, no diagnóstico, pacientes que correm maior risco de complicações.
Tabela – Perfis dos Novos Grupos de Diabetes.
Essa proposta de 5 grupos com diferente evolução e risco de complicações pode eventualmente ajudar o planejamento terapêutico.
Atualmente, usa-se a mesma abordagem para pacientes com características muito distintas. Essa nova visão pode ajudar no processo da chamada medicina de precisão.
REFERÊNCIAS
COTRAN, S. R. ; KUMAR, V. ; ROBBINS, S. L. Pâncreas. In: ______ Patologia básica. 5. ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan. 1994. Cap. 17.
Davenport Liam. Diabetes Consists of Five Types, Not Two, Say Researchers.
de Diabetes do Adulto e Sua Associação Com Desfechos. Disponível em: < http://www.diabetes.org.br/publico/sobre-os-cinco-novos-subgrupos-de-diabetes-do-adulto-e-sua-associacao-com-desfechos > acesso em: 09 de março de 2018.
GUYTON, A. C. ; HALL, J. E. Insulina, glucagon e diabetes mellitus. In: ______.
March 1, 2018. Disponível em: (https://www.medscape.com/viewarticle/893305#vp_3). Acesso em: 09 de março de 2018.
SMELTZER, S. C. ; BARE, B. G. Histórico e tratamento de pacientes com diabetes mellitus. In: ______. Tratado de enfermagem médico-cirurgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Cap. 37.
Sociedade Brasileira de Diabetes –SBD. Sobre os Cinco Novos Subgrupos
Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2002. p.827-840.
Contribuiu com este Artigo:
Mateus Henrique Dias Guimarães
Redes Sociais: @Mateushenrique (Linkedin)
Enfermeiro. Especialista em Saúde Pública com Ênfase na Saúde da Família.