Chamada como septcemia ou sepsis É um conjunto de manifestações graves causada por infecção disseminada, conhecida também como infecç...
Chamada como septcemia ou sepsis
É um conjunto de manifestações graves causada por infecção disseminada, conhecida também como infecção generalizada, representa a principal causa de morte em clientes na Unidade de Terapia Intensiva – UTI.
As bactérias gram-negativas constituem os patógenos mais comuns, já as bactérias gram-positivas, vírus e fungos podem causar o choque séptico: uma intensa resposta inflamatória por todo organismo.
No entanto, criar um processo inflamatório é uma forma de defesa do organismo, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, mas provoca em todo organismo um resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção, comprometendo assim alguns órgãos vitais.
DADOS
- A sepse representa 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil
- Principal causa de morte em UTI
- Uma das principais causas de mortalidade tardia, superando o infarto do miocárdio e câncer.
- Representa 65% das taxas de mortalidade no Brasil.
- Geradora de custos no setor público e privado.
FATORES DE RISCO
- Procedimentos invasivos e dispositivos de demora.
- Microorganismos resistentes a antibióticos.
- População idosa (sistema nervoso envelhecido).
- Desnutrição e imunossupressão.
- Doença crônica.
- Múltiplas cirurgias.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
É um processo evolutivo, sendo que os sinais e sintomas são claramente definíveis e observáveis.
Estágios iniciais:
- Pressão arterial dentro dos limites.
- Aumento da frequência Cardíaca e Respiratória (>20 irpm).
- Débito cardíaco aumentado
- Hipertermia (febre)
- Alterações do estado mental
- No hemograma: leucócitos > 12000 ou abaixo de 4000 cel/mm3 e alteração da proteína C reativa.
Com agravamento:
- Hipotensão
- Débito cardíaco baixo
- Piora da função dos rins
- Pele fria e pálida
- Frequência cardíaca e respiratória rápidas
- Anúria
TRATAMENTO
- Antibióticos e fluidos intravenosos
- Cuidados médicos: ventilação mecânica, hidratação, líquidos intravenosos
- Medicamentos: Bloqueadores neuromusculares e agentes sedativos reduzem a demanda metabólica, vasoconstritores, antibióticos de amplo espectro: inicialmente na primeira hora de tratamento, vasopressores e inotrópicos para a melhoria da perfusão tissular, e outros.
- Dispositivos: cateter venoso central
- Especialidades: intensiva, pediatria, clínica e emergência (Leia esta matéria sobre Medidas de Prevenção de Infecção do Trato Urinário, ANVISA)
MANEJO DE ENFERMAGEM (Brunner & Suddarth)
- Identificar clientes que correm risco de sepse e choque séptico.
- Realizar todos os procedimentos invasivos com técnica asséptica correta após cuidadosa higiene das mãos
- Monitorar os acessos venosos, os locais de punção arterial e venosa, as incisões cirúrgicas, as feridas traumáticas, os cateteres urinários e as úlceras de pressão, à procura de sinais de infecção
- Implantar intervenções para evitar a pneumonia associada ao respirador e úlceras de pressão
- Controlar a temperatura do cliente (temperatura > 38° ou < 36°C), conforme prescrição, monitorar rigorosamente o cliente para tremores.
- Administrar os líquidos IV e medicamentos prescritos
- Monitorar e relatar os níveis sanguíneos (níveis máximos e mínimos de antibióticos, níveis de procalcitonina, proteína C reativa, ureia e creatinina; contagem de leucócitos; níveis de hemoglobina e hematócrito; contagem de plaquetas; coagulograma)
- Monitorar o estado hemodinâmico, o equilíbrio hídrico e o estado nutricional
- Controlar diariamente o peso e os níveis séricos de albumina e pré-albumina, para determinar as necessidades diárias de proteínas.
Contribuiu com este Artigo:
Mateus Henrique Dias Guimarães
Redes Sociais: @Mateushenrique (Linkedin)
Enfermeiro. Especialista em Saúde Pública com Ênfase na Saúde da Família.
REFERÊNCIAS
Instituto Latino Americano De Sepse. SEPSE. Disponível em: < https:// www.ilas.org.br > acesso em 10 de março de 2018.
Hospital Israelita Albert Einstein. SEPSE HEMODINAMICA. Disponível em: < https://www.einsein.br > acesso em março de 2018.
Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem médico-cirúrgica / revisão técnica Sonia Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Choque séptico, p.315.
COMENTÁRIOS