São tantos leitos, tantos pacientes, tantos prontuários. Em meio a esta situação, a fragilidade dos profissionais e do sistema de saúde...
São tantos leitos, tantos pacientes, tantos prontuários. Em meio a esta situação, a fragilidade dos profissionais e do sistema de saúde predispõe a erros – os quais podem envolver a troca de medicamentos, realização de procedimentos inversos, e muito mais.
Neste cenário “confuso”, a vida de muitos pacientes estava em jogo. Inclusive, existem relatos de amputações de membros sadios, intervenções desnecessárias, dentre outras falhas.
Na tentativa de controlar este problema, criou-se o Programa Nacional da Segurança do Paciente (PNSP). A seguir, conheça todos os detalhes sobre ele, e também a sua aplicabilidade no dia a dia do enfermeiro.
Sobre o Programa
O PNSP foi criado pelo Ministério da Saúde e pela ANVISA, no ano de 2013. As principais preocupações destes órgãos tangiam principalmente a questão da segurança do paciente admitido em instituições hospitalares.
Para que a realização segura de procedimentos e atendimentos pudesse entrar em vigor, estipulou-se que cada instituição – pública e privada, instituísse um protocolo interno.
Mas, em que consistiria esse protocolo?
Basicamente, seria um plano de estratégias e mudanças contendo medidas que envolvessem a garantia de segurança de paciente – como a garantia de medidas de higiene, administração correta de medicamentos e segurança na execução de procedimentos.
Sendo assim, as regras podem variar conforme o local que o enfermeiro irá trabalhar, devendo este conhecer o protocolo de cada instituição.
Quais as estratégias adotadas?
Embora os protocolos sejam necessários para estipular as regras dentro das instituições, é preciso pensar, principalmente, em qual seria a sua aplicabilidade.
Quando se fala em Programa Nacional da Segurança do Paciente, deve-se ter em mente os seguintes tópicos:
1) Controle e prevenção de infecções
Os pacientes hospitalares apresentam grande suscetibilidade às infecções, principalmente pela debilidade de seus sistemas imunológicos.
Unindo tal fato à predisposição do ambiente hospitalar a proliferação de patógenos, é preciso estabelecer medidas para combater esta complicação. Dentre elas, pode-se falar em:
• Medidas básicas de higienização das mãos;
• Individualização do material de cada paciente;
• Áreas de isolamento, quando necessário;
• Programa de limpeza e desinfecção.
2) Segurança do paciente
Além da segurança do ambiente, é preciso garantir que todas as intervenções realizadas sejam adequadas. Para isso, são adotados sistemas de identificação do paciente.
Com isso, reduz-se a chance de administrar um medicamento ou realizar procedimento no paciente errado.
3) Trabalho multidisciplinar
A segurança e o bem-estar do paciente só podem ser garantidos se houver a sistematização e coordenação do cuidado.
Pensando neste tópico, deve-se incentivar a realização do trabalho multidisciplinar, a partir da integração da equipe, que geralmente é composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros.
4) Gerenciamento dos riscos
Embora alguns riscos sejam conhecidos, é preciso elaborar medidas e estratégias de combatê-las. Quando se pensa na aplicabilidade do PNSP, o princípio não é diferente.
Com isso, criam-se métodos de evitar eventos que poderiam interferir na segurança do paciente, do profissional e/ou do ambiente.
Como exemplo, pode-se falar na lavagem de mãos: já se sabe que ela previne o risco de infecções, e embora seja apenas uma das profilaxias possíveis, por si só, já é capaz de diminuir os índices de microorganismos hospitalares.
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