O termo correto a ser utilizado pelos profissionais de saúde agora é “ lesão por pressão ”. O NationalPressure Ulcer Advisory Panel (NPUA...
O termo correto a ser utilizado pelos profissionais de saúde
agora é “lesão por pressão”. O NationalPressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) anunciou mudança na terminologia de
úlcera de pressão. Agora, o termo “lesão por pressão” deve ser utilizado por
todo profissionais de saúde, pois descreve com mais precisão as lesões em
peles intactas e ulceradas. Porém muitos ainda utilizam os termos escara,
úlcera de decúbito e úlcera por pressão para referir-se ao mesmo tipo de lesão.
Devido à maior expectativa de vida da população, decorrente
de avanços na assistência à saúde que tornou possível a sobrevida de pacientes
com doenças graves e anteriormente letais, transformando-as em doenças crônicas
e lentamente debilitantes, tem aumentado a prevalência de lesões por pressão.
A lesão por pressão ocorre devido a interrupção sanguínea em
uma determinada área, que se desenvolve devido a uma pressão aumentada por um
período prolongado, ocasionando falta de
suprimento de oxigênio e nutrientes nos tecidos. Ela se dá devido a pressão que
os tecidos moles sofrem junto à uma proeminência óssea por longos períodos.
Isso leva a isquemia local, edema, ativação dos mediadores de inflamação e por
fim, morte celular.
Causas e fatores de
risco
A lesão por pressão é
indicador de qualidade da assistência
A manutenção da integridade da pele e dos tecidos
subjacentes é responsabilidade multiprofissional, porém a enfermagem é a grande responsável, pois
presta assistência 24h ao paciente internado.
A presença das lesões
por pressão tem sido apontada como um indicador de má qualidade da assistência dos serviços de saúde, já que a maior
parte delas pode ser prevenida com adoção de medidas adequadas e educação para prevenção
dirigida aos profissionais de enfermagem.
A prevenção de lesão por pressão deve ser baseada,
principalmente, em quatro diretrizes: Avaliação do risco, Avaliação
da pele e tratamento precoce, Sobrecarga mecânica (mudança de decúbito),
e uso de Superfícies de suporte e educação para os profissionais, família e
paciente.
Estágios da Lesão Por
Pressão:
Estágio I: Pele
intacta com hiperemia de uma área localizada que não embranquece, geralmente
sobre uma proeminência óssea.
Estágio II: Perda
parcial da espessura dérmica. Apresenta-se como úlcera superficial com o leito
de coloração vermelho pálida. Pode se apresentar ainda como uma bolha intacta
ou aberta/ rompida.
Estágio III:
Perda de tecido em sua espessura total. A gordura subcutânea pode estar
visível, sem exposição de osso, tendão ou músculo.
Estágio IV: Perda
da pele em sua espessura total e perda tissular. Perda da pele em sua espessura
total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo,
tendão, ligamento, cartilagem ou osso.
Lesão por pressão não
classificável: perda da pele em sua espessura total, com perda tissular não
visível. Ocorre perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser
confirmada devido a escara e esfacelo. Apresenta escara estável de aspecto
seco, aderente, sem eritema ou flutuação.
Lesão por pressão
tissular profunda: A pele pode estar intacta ou não. Ocorre descoloração
vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. Normalmente
a dor e mudança de temperatura precedem as alterações de descoloração da pele.
Resulta da pressão intensa, prolongada e do cisalhamento na interface
osso-músculo.
Definições adicionais:
Lesão por pressão
relacionada a dispositivo médico: está relacionada ao uso de dispositivos
médicos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Normalmente apresenta o
formato do dispositivo; e deve ser categorizada utilizando a classificação de
lesão por pressão.
Lesão por pressão em
membranas mucosas: ocorre quando há histórico de uso de dispositivo médico,
mas não pode ser categorizada devido à anatomia do tecido.
Principais cuidados
de Enfermagem para Prevenção da Lesão Por Pressão:
- Manter colchão piramidal (caixa de ovo) sobre o colchão da cama do paciente.
- Mudar sempre o paciente acamado de posição.
- Colocar travesseiros macios embaixo dos tornozelos para elevar os calcanhares.
- Colocar o paciente sentado em poltrona macia, ou revestida com colchão piramidal, várias vezes ao dia.
- Quando sentado mudar as pernas de posição, alternando as áreas de apoio.
- Manter alimentação rica em vitaminas e proteína.
- Manter hidratação.
- Manter o paciente limpo e seco.
- Hidratar a pele com óleos e/ou cremes a base de vegetais
- Utilizar sabonetes com pH neutro para realizar a limpeza da região genital.
- Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos. Nesses casos, notificar o médico.
- Aplicação de filme transparente e/ou cremes ou loções a base de AGE nas áreas de risco aumentado para lesões
- Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave.
- Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las seca e bem esticadas.
Principais Fontes Consultadas