Os pulmões são órgãos em forma de cone que ocupam parte da cavidade torácica, estendendo-se do diafragma até a porção superior da claví...
Os pulmões são órgãos em forma de cone que ocupam parte da cavidade torácica, estendendo-se do diafragma até a porção superior da clavícula. São órgãos brilhantes, moles, esponjosos e elásticos.
Cada pulmão apresenta um ápice, uma base, três faces (costa, medial e diafragmática) e três bordas (anterior, inferior e posterior), sendo recobertos pela pleura que os contorna pela parte posterior, e reveste a face interna da parece torácica.
A pleura é uma membrana lisa que permite que os pulmões movam-se suavemente durante cada movimento respiratório. Em condições normais, o espaço entre as duas membranas pleurais justapostas formam um ambiente denominado espaço pleural. Este contém um líquido seroso que facilita a aderência da superfície pleural e permite que estas deslizem uma sobre a outra sem fricção, durante a inspiração e expiração.
Fisiologicamente, existe equilíbrio entre a entrada e saída de líquido na cavidade pleural, de modo a manter constante a quantidade e concentração protéica do fluído pleural. Os movimentos respiratórios, pela alternância da inspiração e expiração, facilitam a reabsorção do líquido e das partículas, assim como a sua progressão nos linfáticos. O acúmulo de fluídos (líquidos ou gases) no espaço pleural pressupõe a alteração deste estado de equilíbrio, prejudicando a mecânica pulmonar.
Desta forma, punções e drenagens do tórax são procedimentos importantes para promover a manutenção ou restabelecimento da pressão negativa do espaço pleural, manter a função cardiorrespiratória e a estabilidade hemodinâmica por meio da retirada de fluidos que se encontrem acumulados na cavidade pleural. Dentre os fluidos que podem, por algum motivo, ficar estocados nesta cavidade estão o ar (pneumotórax), sangue (hemotórax), pus (empiema), linfa (quilotórax) e líquido do pericárdio (hidrotórax), na maior parte das situações resultantes de processos infecciosos, trauma, procedimentos cirúrgicos entre outros.
TUBOS TORÁCICOS
Os tubos torácicos são usados em clientes nos quais é necessário retirar o conteúdo líquido ou gasoso patologicamente retido na cavidade pleural ou mediastino.
Os diâmetros dos tubos são aferidos em medida francesa (F) (French). Os tubos mais calibrosos (20F a 36F) são usados
zpara drenar sangue e secreções espessas,enquanto os mais finos (16F a 20F) são utilizados para retirar ar. Os sistemas de drenagem torácica podem ter um, dois ou três frascos cheio de água.O princípio é igual em todos eles, a vedação aquática com selo d’ água usa uma válvula unidirecional que possibilita que o ar deixe a cavidade pleural mas impede que volte, mantendo, desse modo, pressão negativa.
zpara drenar sangue e secreções espessas,enquanto os mais finos (16F a 20F) são utilizados para retirar ar. Os sistemas de drenagem torácica podem ter um, dois ou três frascos cheio de água.O princípio é igual em todos eles, a vedação aquática com selo d’ água usa uma válvula unidirecional que possibilita que o ar deixe a cavidade pleural mas impede que volte, mantendo, desse modo, pressão negativa.
- Mesa auxiliar
- Foco auxiliar
- Caixa pequena cirurgia padronizada pela instituição
- Drenos tórax compatível com a finalidade
- Gazes estéreis
- Fios de sutura
- Seringas e agulhas
- Solução anti-séptica
- Luvas estéreis
- Capote (avental)
- Gorro cirúrgico
- Máscaras
- Anestésico local a 2% sem vasoconstritor
- Lâmina de bisturi de acordo com cabo de bisturi
- Frascos de sistema de drenagem
- Soro fisiológico para preenchimento do frasco ou frascos
- Fita adesiva
- Recipiente para lixo
Enfermagem na Assistência á Drenagem Torácica
- Lavar as mãos, reunir material e levar para beira leito
- Dispor material sobre mesa auxiliar
- Auxiliar o médico no posicionamento do tórax a ser drenado; elevar acima da cabeça e restringir o braço no lado a ser drenado
- Colocar sobre campo estéril, fio de sutura, lâmina de bisturi e cateter de drenagem.
- Segurar anestésico para que o médico possa aspirar o conteúdo sem contaminar
- Despejar solução anti-séptica na cuba rim
- Ajustar foco luz
- Atender paciente e o médico durante procedimento
- Preencher o frasco de drenagem com SF 0,9% conforme orientação médico
- Após introdução dreno, auxiliar na conexão deste á extremidade distal do sistema sem contaminar
- Após termino do procedimento,descartar material perfuro cortante em recipiente especial (caixa coletora de perfurocortantes) e os demais no lixo hospitalar
- Fazer curativo no local da inserção
- Registrar todo material utilizado,deixar paciente e a unidade em ordem
- Identificar curativo com data, hora, nome do realizador e anotar no prontuário
- Lavar mãos
- Ligar para o setor de raio-x para realização de raio-x de tórax. (confirmar posicionamento do dreno tórax)
- Lavar as mãos, secar e fazer anti-sepsia com álcool 70% ( ou seguir protocolo de cada instituição)
- Preencher o selo d´água com 300 ml de soro fisiológico 0,9%, ou 500 ml da mesma solução. (ou seguir protocolo da sua instituição)
- Após-instalação do dreno, a mensuração dos débitos dos drenos deverá ser feita a cada 6 hora ou intervalos menores caso haja registros de débitos superiores a 100 ml/hora.( casos de conteúdo liquido ).
- A mensuração deverá ser feita colocando uma fita adesiva ao lado da graduação do frasco, onde o técnico de enfermagem deverá marcar com uma caneta o volume drenado marcando também a hora da conferência
- A troca do selo d´água deverá ser feita a cada 12h.
- Clampear o dreno para que não haja entrada de ar para a cavidade torácica e após a troca, lembrar sempre que o dreno deve ser desclampeado.
- Os curativos na inserção dos drenos devem ser trocados diariamente utilizando os produtos preconizados pelo Serviço de Infecção Hospitalar de cada instituição
- Colocar frasco de drenagem no piso, dentro de suporte, próximo ao leito do paciente, ou dependurá-lo na parte inferior do leito, evitando-se desconexões acidentais ou tombamento do frasco.
- "Ordenhar" ou massagear a tubulação na direção do frasco coletor de drenagem, de 2 em 2 horas ou conforme protocolo da instituição.
- Nunca elevar frasco de drenagem acima do tórax sem ser clampeado.
- Lavar as mãos, conforme após procedimento e sempre que houver necessidade de "ordenhar" tubulação.