A insuficiência renal aguda é a Perda súbita da capacidade de seus rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Insuficiência Renal Crônica: é a perda lenta do funcionamento dos rins, cuja principal função é remover os resíduos e o excesso de água do organismo.
Insuficiência Renal Aguda
Perda súbita da capacidade de
seus rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece,
os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do
seu sangue, que pode ficar fora de equilíbrio.
Dependendo da severidade e da
duração da disfunção renal, este acúmulo é acompanhado por distúrbios
metabólicos, tais como acidose metabólica (acidificação do sangue) e
hipercalemia (níveis elevados de potássio), mudanças no balanço hídrico
corpóreo e efeitos em outros órgãos e sistemas. Pode ser caracterizada por
oligúria ou por anúria (diminuição ou parada de produção de urina), embora a
IRA (Insuficiência Renal Aguda) não-oligúrica possa ocorrer. É uma doença grave
e tratada como uma emergência médica.
Há três tipos de IRA dependendo do local onde se dão as alterações
agudas: antes do rim, no rim e depois do rim: pré-renal, renal ou pós-renal:
Pré-renal:
Alteração que ocorre antes do
rim, levando à insuficiência funcional ou lesão orgânica. Ocorre por
insuficiência circulatória aguda, por falta de líquidos (hipovolemia), por
desidratação grave ou perda de sangue. Pode ocorrer, também, por queda da pressão
arterial do sangue circulante. Quando a pressão arterial cai a menos de 90mmHg
o sangue tem pouca pressão para filtrar e por isso se torna insuficiente. As
situações mais comuns de hipotensão são o choque hemorrágico, traumático ou
infeccioso (bactérias).
Renal:
Lesão que atinge agudamente o rim
seja por tóxicos (químico ou medicamentoso), seja por inflamações (nefrites) ou
por morte de células do rim (necrose do glomérulo ou do túbulo renal).
Pós-renal:
Ocorre por obstrução das vias urinárias, impedindo
a passagem da urina pela via urinária. A obstrução pode ocorrer em qualquer
parte da via urinária: pelve renal, ureter, bexiga ou uretra.
Há quatro fases para se reconhecer a IRA
Início:
começa com a primeira agressão e termina quando a oligúria se desenvolve.
Oligúria:
(volume urinário menor que 400ml/24hs) é acompanhado por uma elevação da
concentração sérica dos elementos geralmente excretados pelos rins (uréia,
creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos e cátions intracelulares – potássio e
magnésio). A quantidade mínima de urina necessária para retirar do corpo as
escórias do metabolismo normal é 400 ml. Nesta fase que os sintomas de uremia e
hipercalemia se desenvolvem.
Período de
diurese: o paciente apresenta débito urinário gradualmente crescente, que
indica o início da recuperação da filtração glomerular.
Recuperação:
indica melhora na função renal e pode levar de três a doze meses. Os valores
laboratoriais irão retornar para um nível normal para o paciente. Embora haja
uma redução de 1 a 3% da taxa de filtração glomerular, isto não é clinicamente
significativo.
Anormalidades
laboratoriais e manifestações clínicas
Paciente apresenta-se doente e letárgico, com
náuseas persistentes, vômito e diarréia. A pele e as membranas mucosas
apresentam-se secas, por desidratação, e a respiração pode ter o mesmo ardor da
urina. As manifestações do sistema nervoso central incluem sonolência,
cefaléia, tremores musculares e convulsões. Ocorrem também alterações no débito
urinário, elevação dos níveis NUS e da creatinina, hipercalcêmica, acidose
metabólica e anemia.
Cuidados de enfermagem na insuficiência renal aguda
- Realizar o balanço hídrico;
- Monitorar a pele quanto a hidratação;
- Monitorar os sinais vitais;
- Avaliar níveis de Hct e Hb;
- Monitorar os níveis hidroelétrolíticos séricos do paciente;
- Manter o estado nutricional, fornecer dieta hipercalórica hipossódica, hipocalêmica com suplementos vitamínicos;
- Orientar quanto a importância de restrições hídricas.

Insuficiência Renal Crônica
A insuficiência renal crônica (IRC), também chamada de
doença renal crônica, é a perda lenta do funcionamento dos rins, cuja principal
função é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Pode ser causada
por doenças sistêmicas como diabetes mellitus, glomerulonefrite crônica,
pielonefrite e hipertensão não controlada. Eventualmente, torna-se necessário
diálise ou transplante renal para sobrevivência do paciente.
À medida que a função renal diminui, os produtos
finais do metabolismo proteico (que normalmente são excretados na urina)
acumulam-se no sangue.
- Retenção de sódio e água;
- Comprometimento da depuração renal;
- Acidose;
- Anemia;
- Desiquilíbrio de cálcio e fósfaro.
Os primeiros sintomas da insuficiência renal
crônica, em geral, também ocorrem com frequência em outras doenças e podem ser
os únicos sinais da insuficiência renal até que ela esteja em estágio avançado.
Sintomas da insuficiência renal crônica:
Cardivasculares
- Hipertensão;
- Edema com cacifo;
- Edema periorbital;
- Atrito pericárdio;
Tegumentares
- Pele com coloração cinza-bronze;
- Pele seca, escamosa;
- Prurido;
- Equimoses;
- Unhas finas, quebradiças;
- Cabelo fino, áspero.
Pulmonares
- Crepitação;
- Escarro espesso, denso;
- Dispnéia;
- Respiração tipo Kussmaul.
Neurológicas
- Fraqueza, fadiga;
- Confusão;
- Alterações no comportamento;
- Convulsões;
- Cansaço nas pernas;
- Queimação na sola dos pés.
Musculoesqueléticas
- Cãimbras musculares;
- Perda da força muscular;
- Fraturas ósseas;
- Queda plantar.
Relacionado a procriação
- Amenorréia;
- Atrofia testicular.
Estágio da IRC
Estágio I: reserva renal diminuída,
caracterizado por uma perda de 40 a 75% da função dos néfrons. Em geral nao
apresenta sintomas porque os néfrons remanescentes são capazes de realizar as
funções normais do rim.
Estágio II: ocorre quando 75 a 50% da função
dos néfrons foram perdidos, a creatinina e uréia aumentam, o rim perde sua
capacidade de excretar a uréia e a anemia se desenvolve, assim, o paciente tem
poliúria e nictúria.
Estágio III: a doença renal no estágio
terminal é o estágio funcional, acontece quando excretam menos de 10% néfrons funcionando normalmente.
Terapia farmacológica
- Antiácidos;
- Agentes anti-hipertensivos e cardiovasculares;
- Anticonvulsivantes.
Diagnóstico de enfermagem da insuficiência renal
- Excesso de volume de líquido relacionado com o débito urinário diminuído.
- Cuidados de enfermagem
- Avaliar estado hídrico, peso, turgor;
- Limitar a ingesta hídrica;
- Avaliar o estado nutricional.
Tratamento de Insuficiência renal crônica
Controlar a pressão arterial é a chave para atrasar
a maior parte dos danos causados pela insuficiência renal crônica. O objetivo
desta fase do tratamento é manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg.
Outros tratamentos podem incluir:
- Medicamentos especiais usados para ajudar a impedir que os níveis de fósforo no sangue fiquem muito altos
- Tratamento para anemia, com adição de ferro à dieta, uso de suplementos orais de ferro, injeções intravenosas para suprir a necessidade dessa substância na corrente sanguínea e transfusões de sangue
- Suplementos de cálcio e de vitamina D
- Alterações na rotina e nos hábitos diários e alimentares também devem ocorrer. Aliados ao tratamento médico, essas adaptações à atual condição são essenciais para garantir a qualidade de vida do paciente.
Hemodiálise
O momento para começar a diálise depende de
diferentes fatores, como os resultados dos exames de laboratório, a gravidade
dos sintomas e a disposição do paciente para as sessões.
O paciente deve começar a se preparar para a
diálise antes que ela seja efetivamente necessária. A preparação envolve
aprender sobre a diálise e os tipos existentes, além dos procedimentos que
devem ser realizados antes das sessões
O transplante de rim surge como uma das últimas
opções para um paciente de insuficiência renal crônica.