As infecções são um problema de saúde pública. Quando se fala em agentes presentes no ambiente hospitalar, a situação é ainda mais preo...
As infecções são um problema de saúde pública. Quando se fala em agentes presentes no ambiente hospitalar, a situação é ainda mais preocupante.
Atualmente, nota-se uma resistência aos antibióticos disponíveis no mercado, o que torna os tratamentos ineficazes, criando bactérias cada vez mais resistentes – e consequentemente, doenças incuráveis.
Diante deste cenário, a melhor estratégia, sem dúvidas, é apostar na prevenção e controle de tais doenças, com o intuito de prevenir sua disseminação e complicações associadas.
Mas, como o enfermeiro deve atuar neste sentido? A seguir, conheça as principais tarefas deste profissional, principalmente quando se fala em estratégias e biossegurança de controle de infecções!
1) Higiene e biossegurança
As práticas básicas de higiene devem ser realizadas em todos os cenários e ambientes de atendimento a saúde, e por mais que pareçam simples, são essenciais na prevenção de disseminação de microorganismos.
Para isso, deve-se treinar a equipe para a lavagem adequada de mãos, antissepsia, e inclusive, uso de equipamento de proteção individual (EPI) de forma adequada.
Vale lembrar que cada tarefa desempenhada exige um tipo diferente de equipamento, e esse deve ser colocado da maneira correta, para que haja efeito. Tal medida deve ser adotada desde médicos a até profissionais da limpeza e manutenção.
Inclusive, muitas vezes, a função de supervisão deste quesito é atribuída a enfermeiros dentro dos hospitais – geralmente em órgãos de segurança do trabalho.
2) Controle e isolamento
Determinados pacientes, ao serem admitidos na instituição, apresentam risco de contaminação dos demais internados. Para isso, recomenda-se que seja feito o isolamento.
O isolamento consiste em uma medida profilática que restringe o acesso de pessoas ao doente, com o objetivo de minimizar a chance de contaminação. Ele pode ser:
• Respiratório: recomendada a pacientes que podem transmitir o microorganismo por via inalatória. Para isso, os demais doentes precisam manter certa distância nas enfermarias.
• De contato: adotada em situações que há necessidade de afastamento físico, e no caso de profissionais da saúde, o contato precisa ser feito com o uso de equipamentos adequados.
Sendo assim, cabe ao enfermeiro conhecer os diversos usos de máscaras, aventais e até mesmo as indicações para cada um dos tipos de isolamento.
3) Notificação compulsória
Uma notificação é necessária para alertar o órgão de saúde sobre a presença de uma determinada patologia. Quando se fala em doenças altamente contagiosas, torna-se necessária a notificação compulsória.
O preenchimento desta, muitas vezes, pode ser tarefa da enfermagem, e, portanto é necessário ter conhecimento sobre tal documento.
4) Elaboração de medidas preventivas
A equipe de enfermagem, na maioria dos casos, é quem percebe as falhas existentes na higiene e uso de técnicas de antissepsia dos demais profissionais.
Com isso, percebe-se a necessidade de elaborar medidas preventivas, além de incentivar o trabalho focado no paciente.
Para tanto, os enfermeiros podem atuar:
• Na educação, através de cursos e palestras para os profissionais, a tratar da importância de biossegurança e controle de infecções;
• Abordagem da população, conscientizando sobre as principais doenças transmissíveis;
• Estímulo ao trabalho multidisciplinar no controle e combate das infecções;
E muito mais!
COMENTÁRIOS