Atualmente, nota-se um predomínio das doenças crônicas dentre a população, o que está fortemente atrelado à melhoria das condições de ...
Atualmente, nota-se um predomínio das doenças crônicas dentre a população, o que está fortemente atrelado à melhoria das condições de saúde, envelhecimento da população e mudança nos hábitos de vida.
No século passado, notava-se que a maioria da população brasileira falecia por doenças infecciosas, as quais foram combatidas através de diversos programas de promoção e prevenção.
Embora a expectativa de vida tenha aumentado, as doenças que prevalecem geram altos custos para o SUS, devido a sua complexidade. Pensando nisso, torna-se viável investir na promoção e prevenção – afinal, esta possui um valor muito menor que o tratamento das comorbidades.
A seguir, entenda o que acontece em cada uma dessas “vertentes”, e de que maneira elas podem se aplicar no cotidiano da enfermagem.
Promoção de saúde
A promoção de saúde, como o próprio nome sugere, visa garantir que os processos causadores de doença serão evitados. Neste sentido, há a ação principalmente, da vigilância sanitária.
Um exemplo clássico de promoção de saúde é a disponibilização de alimentos adequados para o consumo. Quando estes forem, garantidamente, livres de qualquer malefício ao indivíduo, poderão ser evitadas comorbidades – como intoxicações, doenças parasitárias, e muito mais.
Portanto, a promoção pode ser entendida como a intervenção em saúde enquanto ainda existe o estado de bem-estar, com o intuito de impedir que este se converta a um desequilíbrio e/ou patologia.
Prevenção de agravos
Como já lhe dissemos, houve uma mudança do perfil de doenças que acometem a população. A maioria dos óbitos, nos dias de hoje, ocorre por doenças cardiovasculares, cânceres e outras comorbidades crônicas.
Aplicando à prática: o que custaria mais para o SUS? O tratamento de uma parasitose (que era causa de morte no século passado) ou uma quimioterapia para o câncer? Obviamente, a segunda opção.
Neste sentido, o principal intuito do Sistema Único de Saúde é impedir que estas doenças se instalem, e quando isso for inevitável, deve-se agir na redução de suas complicações.
Utilizando o exemplo da hipertensão arterial - uma doença que pode ser acompanhada na atenção primária. Sabe-se que ela aumenta os riscos de infarto agudo do miocárdio, porém, quando houver o tratamento adequado, esta chance irá reduzir – e é neste ponto que os programas de saúde devem agir.
Qual o papel do enfermeiro?
Como é de se esperar, a enfermagem possui papel fundamental na promoção de saúde e prevenção dos agravos, visto que pode atuar desde a atenção primária de saúde.
Quando se fala em promoção, cabe a este profissional:
• Incentivar e orientar a prática de atividades físicas;
• Estimular a alimentação saudável;
• Explicar sobre a importância da vacinação;
• Realizar exames de rastreio, como Papanicoloau;
E muito mais.
Já pensando na prevenção dos agravos, o enfermeiro também pode atuar:
• Conscientizando o paciente sobre a importância de tomar os medicamentos adequadamente;
• Aferindo a pressão arterial e realizando o controle glicêmico – quando houver indicação médica;
• Agir em programas de saúde e incentivar a criação destes nas unidades de saúde;
• Criar e/ou participar de grupos, como de prevenção ao tabagismo, grupo de hipertensos, e outros.
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