A pílula é hoje o método contraceptivo mais utilizado entre as brasileiras. Com o uso do método é possível controlar e regular o fluxo menst...
A pílula é hoje o método contraceptivo mais utilizado entre as brasileiras. Com o uso do método é possível controlar e regular o fluxo menstrual, tratar algumas doenças, além de proporcionar a mulher liberdade de escolha sobre gerar ou não uma vida.
Nesses mais de 50 anos de evolução as pílulas anticoncepcionais mudaram muito, a quantidade de hormônio diminuiu, os hormônios se assemelham mais aos naturais, seu uso pode trazer alguns benefícios estéticos e hormonais, entre outras coisas.
Em sua grande maioria, as pílulas são combinadas, ou seja, formadas pela combinação de um estrogênio e uma progesterona. O estrogênio mais utilizado é o etinilestradiol, mas existe também o valerato de estradiol (considerado mais natural e parecido com o que o corpo produz). Já para as progesteronas existem algumas variedades. O tipo de progesterona presente na pílula pode ajudar por exemplo a melhorar pele e cabelos ou reduzir o inchaço. Isso porque algumas pílulas têm ação antiandrogênica (reduz os efeitos da testosterona) sendo capazes de agregar tais benefícios.
Mas atenção a escolha da pílula deve ser feita com seu ginecologista, ele é o profissional capaz de avaliar qual delas é melhor para você, considerando fatores genéticos, queixas, etc, nosso organismo é único, o que faz bem para uma pessoa, não necessariamente fará para outra.
O que é estrogênio e progesterona?
Nosso organismo produz naturalmente esses dois hormônios e em linhas gerais podemos defini-los da seguinte forma:
Estrogênio - produzido, sobretudo, pelos ovários e possui funções importantes relacionadas às características sexuais da mulher, também atua na regularização do ciclo menstrual feminino e na preparação do útero para a gravidez. Seus níveis variam muito ao longo da vida e sua deficiência ou excesso podem trazer graves problemas. Em níveis muito altos pode causar inchaço nas mamas, irregularidade menstrual, dores de cabeça e aumento de peso. Já em níveis muito baixos, a mulher pode sofrer, sobretudo, com problemas emocionais, como ansiedade, depressão, irritabilidade, dentre outros.
Progesterona - produzido pelas células do corpo lúteo do útero, é responsável por regular o ciclo menstrual da mulher. Sempre que o óvulo liberado não é fecundado, ocorre uma diminuição na produção de progesterona que acaba por resultar na menstruação.
Os tipos de progesterona mais utilizados são:
Levonorgestrel - uma das primeiras progesteronas usadas na composição das pílulas. Tem efeito androgênico (efeito de hormônios masculinos), ou seja, pode causar aumento de pelos, da oleosidade da pele, e acne. Porém é melhor em relação à libido. Ex: Microvlar, Ciclo 21 e Level.
Desogestrel - efeito androgênico é intermediário. É boa para o controle do peso, e para a saúde da pele. Ex: Mercilon, Gracial, Mercilon Conti, Minian, Femina e Primera.
Gestodeno - efeito androgênico é pequeno: menos pelos, menor oleosidade da pele e menor aumento da libido. Age como diurético e beneficia as mulheres que sofrem com inchaço. Ex: Micropil, Ginesse, Femiane, Diminut, Harmonet, Tamisa, Ginesse, etc.
Acetato de ciproterona - forte efeito antiandrogênico, por isso, é utilizada para tratamento de pele oleosa e acne, e excesso de pelos, sintomas causados pela Síndrome dos Ovários Policísticos. Ex: Diane 35, a Selene, a Diclin e a Artemidis.
Drospirenona - forte ação antiandrogênica, mas também com ação diurética, beneficia mulheres que sofrem com inchaço. EX: Yasmin, Yaz e Elani ciclo.
Acetato de Clormadinona - Ação antiandrogênica, beneficia a pele e cabelos, sem perda do apetite sexual. EX: Belara, Belarina, Amora.
Dienogest - Também tem ação antiandrogênica e é associada ao valerato de estradiol. EX: Qlaira
Como a pílula combinada age em nosso organismo?
A pílula anticoncepcional inibe a ovulação devido à presença de hormônios e torna o muco cervical espesso, dificultando a passagem dos espermatozoides. Dessa forma, a mulher não entra no período fértil.
Além disso, o anticoncepcional age impedindo a dilatação do colo do útero, diminuindo a entrada de espermatozoides e evitando que o útero tenha condições para o desenvolvimento de um bebê
A pílula faz mal ao organismo?
A resposta é depende. O anticoncepcional traz inúmeras vantagens, mas é preciso saber se é o método certo para você, pois não é segredo que seu uso aumenta o risco de tromboses e AVC, pode ocasionar inchaço, dores de cabeça entre outros sintomas que vem descritos na própria bula. Por isso, como dito anteriormente, é tão fundamental ser prescrito pelo ginecologista.
Cuidados ao utilizar o método:
1. Cuide-se nos primeiros meses: Começou este mês a tomar a pílula ou mudou de marca, use preservativo! Nos primeiros meses o corpo está se adaptando e a pílula pode não oferecer a eficácia total.
2. Esqueceu de tomar: Tome o mais rápido possível, assim que lembrar!
3. Está tomando uma pílula e não está se sentido bem: Converse com seu ginecologista para trocar a pílula ou o método, qualidade de vida é muito importante!
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