A injeção endovenosa consiste na introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea. Seu uso permite a administração de g...
A injeção endovenosa consiste na introdução do medicamento diretamente na corrente sanguínea. Seu uso permite a administração de grande volume de líquidos e ação imediata do medicamento. Inicia-se pela colocação de uma tira elástica (garrote) acima do local escolhido (aproximadamente 5 a 10 cm), de modo a impedir o retorno venoso sem interromper o fluxo arterial e realiza-se a antissepsia.
Local para punção:
A primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de exames ou punções de emergências, já não tão bem aproveitadas para a manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa permanência do acesso, sendo assim devemos nos atentar e conhecer novos e melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória.
Locais possíveis para punções venosas: Os locais utilizados com maior frequência estão no antebraço, seguidos pelos locais na mão. Tenha em mente que o uso das veias da perna aumenta o risco do paciente para a tromboflebite, e jugulares o risco de punção arterial seguindo por complicações dessa região como gânglios e artérias.
As principais veias de punção para o acesso venoso percutâneo superficial, são as veias da fossa antecubital, mediana do antebraço, mediana do cotovelo, basílica e cefálica
As veias basílica e cefálica são formadas no arco venoso superficial do dorso da mão, e se prolongam nas bordas medial e lateral do antebraço, respectivamente. Ao nível da fossa antecubital recebem a drenagem das veias medianas do cotovelo. A veia cefálica continua na borda lateral do braço, atingindo o sulco deltopeitoral, indo desembocar na veia axilar. A veia basílica continua na face medial do braço, indo desembocar através do sulco braquial, ao nível do terço médio na veia braquial.
Região Cervical
Veia jugular externa
A veia jugular externa se extende do ângulo da mandíbula, cruzando por sobre o esterno- cleidomastóideo e ao nível do terço médio da clavícula desemboca na junção da veia subclávia com a veia jugular interna.
Anatomia das veias profundas
Veia jugular interna
A veia jugular interna situa-se ântero-lateralmente à artéria carótida interna, na sua metade proximal sob o músculo esternocleidomastóideo e sua metade distal no triângulo formado pelas porções clavicular e esternal do músculo esternocleidomastóideo, e pela clavícula. Une-se com a veia subclávia sob o terço proximal da clavícula
Veia subclávia
A veia subclávia é a continuação da veia axilar. Encontra-se inferiomente no triângulo escaleno-costoclavicular, formado anteriomente pelo terço medial da clavícula, posteriormente pelo músculo escaleno anterior e inferiormente pela primeira costela. A artéria subclávia e o plexo braquial encontram-se respectivamente superior e posterior a veia, sendo porém separados pelo escaleno anterior. Na metade inferior direita do manúbrio esternal, o tronco braquiocefálico direito é formado pela junção da veia jugular interna e subclávia direitas. Juntam-se ao tronco braquiocefálico contra-lateral para formar a veia cava superior
Vias de acesso venoso percutâneo
As principais vias de acesso superficial por punção percutânea, são através das veias periféricas do antebraço e braço (veia mediana do antebraço, mediana do cotovelo, basílica, cefálica). O acesso profundo é feito através das veias subclávia, jugular interna e femoral. Preconiza no atendimento inicial ao traumatizado inicialmente as veias periféricas do membro superior (fossa ante-cubital) e veia safena magna na região ântero-superior ao maléolo medial da tíbia. Seguindo-se das veias profundas subclávia, jugular e femoral.
Vantagens:
- Absorção rápida;
- Rapidez e eficiência na absorção
- Administração de grandes volumes
- Administração de drogas que são contra-indicadas nas demais vias
- Ministrar fluídos no pré,trans e pós-operatório
- Transfusões sanguíneas
- Uso em emergências
- Reposição hidroeletrolítica
- Amostra de sangue para exame laboratorial.
- Perfeitamente diluída e límpida e com pH próximo ao do soro sanguíneo (7,4).
- Esta via permite soluções hipertônicas, hipotônicas e isotônicas.
- Ela não tolera drogas em suspensão, oleosas ou ar.
- Injeção direta através de um acesso venoso.
- Infusão intermitente por meio de um acesso secundário.
- Indicada quando um medicamento deve ser aplicado como injeção em bolo, para que tenha efeito terapêutico.
- Indicada quando há necessidade imediata de altos níveis sanguíneos de um medicamento.
- Indicada em emergências, quando o medicamento deve ser aplicado com rapidez, para efeito imediato.
- Possibilita a manutenção do acesso venoso, em caso de reações adversas.
- Usada com frequência para terapêutica medicamentosa aplicadas em curtos períodos, a intervalos variáveis.
Desvantagens:
- Se alguma droga for injetada por engano exerce efeito de imediato. Da mesma forma se o paciente for alérgico à substância, a repercussão será imediata e muitas vezes fulminante....
- Risco potencial de infecção, pois cada aplicação rompe as defesas da pele íntegra.
- Medicamentos administrados com muita rapidez, quando a velocidade do fluxo não for monitorada com o cuidado suficiente ou quando medicamentos incompatíveis forem misturados...
Posição do paciente:
Decúbito dorsal com o braço estendido e a mão fechada voltada para cima.
Sentada com o braço estendido apoiado em um suporte especial (braçadeira) ou sobre uma mesa, com a face ventral para cima e a mão fechada.
Observações:
- A utilização de luvas é obrigatória ao realizar punção venosa devido ao risco de extravasamento de sangue.
- A medicação deve ser cristalina, não oleosa e não conter flocos em suspensão.
- Retirar o ar da seringa.
- Aplicar lentamente observando as reações do paciente.
- Verificar se a agulha permanece no interior da veia durante todo o procedimento, puxando o êmbolo(retorna sangue);
- Retirar a agulha na presença de hematoma e dor. A nova punção deverá ser em outro local, de preferência em outro membro.
- Se o paciente possui veias calibrosas distendidas e facilmente visíveis, executar a punção sem colocar o garrote, para minimizar os riscos de formação de hematomas.
- Em caso de hemofobia, pedir ao paciente que desvie o olhar da seringa.
TÉCNICA DE APLICAÇÃO:
- Preparar o material necessário;
- Rever a prescrição médica;
- Lavar e fazer anti-sepsia das mãos;
- Preparar a medicação e aplicação da droga observando os princípios de assepsia;
- Garrotear acima do local escolhido,solicitando que o paciente feche a mão e mantenha o braço em hiperextensão e imóvel;
- Pedir ao paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes,com o braço voltado para baixo,que auxiliará na dilatação das veias;
- Calçar luvas;
- Realizar anti-sepsia do local e do dedo com o qual fará a palpação da veia,com algodão e álcool 70%,no sentido do retorno venoso,trocando o algodão quantas vezes for necessário, até sair limpo;
- Retirar o ar da seringa;
- Esticar a pele com o polegar da mão não dominante,logo abaixo do local da punção,para manter a veia estável;
- Introduzir a agulha com a outra mão (bisel para cima).Após o sangue fluir adequadamente na seringa,pedir ao paciente que abra a mão;
- A confirmação de que a agulha ganhou a luz do vaso se faz pela aspiração do êmbolo (presença de sangue na seringa);
- Retirar o garrote. Manter o braço garroteado no caso de coleta de sangue,mas remover antes de retirar a agulha;
- Injetar lentamente a medicação. Retirar a agulha e comprimir o local da punção com algodão por cerca de 2 a 3 minutos, mantendo o braço estendido e elevado. Essa providência facilitará a hemostasia e evitará a formação de equimose;
- Desprezar o algodão, seringa e agulha em recipiente apropriado;
- Retirar as luvas e descarta-las diretamente no saco plástico de lixo hospitalar;
- Após o procedimento,lavar as mãos.