Ventilação mecânica: São os equipamentos aplicados no interior das vias aéreas naturais, com a finalidade de manter ou facilitar o fluxo de gases para dentro e para fora dos pulmões.
Insuficiência Respiratória
É a incapacidade do aparelho respiratório de atender às necessidades do organismo no que se refere ao fornecimento de OXIGÊNIO (O2) e à remoção do GÁS CARBÔNICO (CO2) produzido.
Para haver troca gasosa é necessário que as vias aéreas estejam
permeáveis.
Assistência ventilatória
Conjunto de procedimentos (de complexidade variável), capazes de permitir, facilitar ou garantir o livre trânsito (entrada e saída) de gases nos pulmões, criando condições para que a troca gasosa seja realizada.Vias aéreas artificiais
São os equipamentos aplicados no interior das vias aéreas naturais, com a finalidade de manter ou facilitar o fluxo de gases para dentro e para fora dos pulmões. São equipamentos que entram em contato direto com a mucosa do aparelho respiratório e, portanto devem ser pouco irritantes.Finalidades
- Manter as vias aéreas permeáveis.
- Manter a separação entre a via aérea e a via digestiva.
- Permitir a remoção das secreções.
- Permitir a administração de aerossóis.
- Permitir a utilização dos respiradores.
Quando está indicada a assistência respiratória
- Apnéias recorrentes sem melhora com CPAP nasal.
- PaO2 < 50mmhg ou saturação < 90% em CPAP (60-80%).
- PACO2 > 60mmhg associado a PH < 7,25.
- Fadiga respiratória.
- Pós operatório de grandes cirurgias.
- Instabilidade da hemodinâmica em pacientes criticamente doentes.
- Corrigir Hipoxemia, diminuir o trabalho respiratório, reexpandir e evitar aparecimento de áreas de atelectasia pulmonar.
As decisões para instituir a VPM devem se pensar nos riscos/benefícios.
Não se deve somente utilizar valores gasométricos.
Conhecer a fisiopatologia do paciente é de suma importância.
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS
Métodos Não invasivos:
- Cânula orofaríngea (Guedel)
- Cânula nasofaríngea
- Máscara laríngea
Métodos Invasivos:
- EPI: capote, gorro, óculos, luvas.
- Tubos traqueais
- Tubos de traqueostomia
INTUBAÇÃO TRAQUEAL
Indicações:
- Manter as vias aéreas permeáveis;
- Vedar (selar) as vias aéreas, separando-as da via digestiva;
- Permitir o uso de respiradores mecânicos;
- Facilitar a remoção das secreções;
- Facilitar a administração de medicamentos.
Material para intubação traqueal
- Laringoscópio.
- Tubo traqueal, guia para tubo, conexões.
- Ambú, máscara, fonte de O2.
- Medicação para sedação/relaxamento muscular.
- Material para aspiração secreções.
Quando fazer a aspiração das vias aéreas?
- Sempre que houver secreção em vias aéreas;
- quando houver ruído no tubo/cânula traqueal;
- quando houver secreção visível;
- quando à ausculta houver evidências de ruídos por secreção;
- quando houver redução da saturação percutânea;
- quando o respirador acusar pressão > que 50 cmH 2O na ausência de
patologia que justifique;
- pacientes que retém secreção (pós-op);
- VAS de 4/4 h em pacientes intubados.
Cuidados durante a aspiração
- Tempo do procedimento é crítico
- Manter a técnica asséptica
- Nos pacientes submetidos a PEEP elevada, usar o sistema fechado.
Recomendações Gerais:
- Fornecer 3 minutos de O2 a 100% antes e após a aspiração
- Ao desconectar do respirador, controlar obrigatoriamente o tempo de
aspiração (15 a 20 segundos)
- No caso do sistema aberto usar rigorosa técnica asséptica, com sondas
de calibre até 12 fr., lembrando que o calibre da sonda não deve ser maior do que um
terço do calibre do tubo, para não competir no sequestro da oferta de oxigênio
- Quando usar filtro como método de umidificação, protegê-lo no momento
da desconexão do respirador;
- Paciente com taquicardia, taquipnéia, sudorese, saturação de O2 menor
de 90, com FiO2 maior de 0,4 precisa ser avaliado quanto ao acúmulo de
secreção, mesmo que não tenha disparado o alarme de alta pressão do respirador;
- Sempre que o alarme de alta pressão do respirador disparar,
considerar a existência de secreção, dobra do circuito, broncoespasmo.
- Aspirar VAS sempre antes das VAI para evitar o extravasamento de
secreções acumuladas ao redor do balonete para as vias aéreas inferiores;
- O cuff deverá permanecer insuflado e a pressão deverá ser a menor
possível de modo a permitir a liberação de volumes correntes adequados e evitar
a aspiração pulmonar;
- Comumente a pressão é mantida acima de 20 e abaixo de 25 cm de H2O,
porém com a intubação a longo prazo pressões maiores podem ser necessárias para
o selamento adequado
- A pressão do cuff deve ser monitorada de forma intermitente;
- A sonda de aspiração deve ser introduzida fechada e retirada
aspirando em movimentos circulares;
- A cabeceira do paciente em UTI deve estar a 30 ou 45 graus, caso não
haja contra- indicação específica;
- A higiene oral deverá ser realizada pelo menos de 4 em 4 horas em
pacientes intubados.
A atuação da enfermagem na ventilação mecânica é intensa, extensa e
complexa. Na tentativa de se propor um eixo norteador da prática de enfermagem
na ventilação mecânica, é importante que a enfermagem saiba relacionar e
executar os cuidados descritos a seguir:
- Vigilância constante
- Controle de sinais vitais e monitorização cardiovascular
- Monitorização de trocas gasosas e padrão respiratório
- Observação dos sinais neurológicos
- Aspiração de secreções pulmonares
- Observação dos sinais de hiperinsuflação
- Higiene oral, troca de fixação do TOT/TQT, mobilização do TOT
- Controle da pressão do balonete
- Monitorização do balanço hidroeletrolítico e peso corporal
- Controle nutricional
- Umidificação e aquecimento do gás inalado
- Observação do circuito do ventilador
- Observação dos alarmes do ventilador
- Nível de sedação do paciente e de bloqueio neuromuscular
- Observação do sincronismo entre o paciente e a máquina
- Orientação de exercícios
- Preenchimento dos formulários de controle
- Apoio emocional ao paciente
- Controle de infecção
- Desmame