A infertilidade se caracteriza quando depois de um ano de tentativas de gravidez, um casal não consegue engravidar naturalmente. Ao mês ...
A
infertilidade se caracteriza quando depois de um ano de tentativas de gravidez,
um casal não consegue engravidar naturalmente. Ao mês o casal tem cerca de 20%
de chance de engravidar. Assim, é comum haver algum tempo entre o início das
tentativas de engravidar e a gestação.
As
causas da infertilidade são variadas, porém acredita-se que 30% dos casos sejam
decorrentes da infertilidade masculina, 30% da feminina, 30% por questões
relativas a ambos, e 10% por motivos indeterminados.
De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, as principais causas da infertilidade são:
- Idade: não deixar para engravidar tarde;
- Doenças sexualmente transmissíveis: prevenir e tratar rapidamente;
- Peso: evitar baixo peso ou obesidade;
- Tabagismo: parar de fumar, pois o cigarro reduz a fertilidade.
Causas Femininas:
Cerca
de 80% dos casos de esterilidade feminina deve-se principalmente a:
Idade
avançada:
a partir dos 35 anos o potencial de reprodução diminui e depois dos 40 anos a
possibilidade de engravidar é inferior a 10 %.
Fator
tubo-peritoneal:
quando as trompas de Falópio sofrem algum tipo de lesão.
Endometriose: quando o tecido
uterino se encontra fora do útero.
Outros
fatores de risco:
miomas; doenças sexualmente transmissíveis; doenças crônicas, como diabetes,
câncer, doenças da tireoide, asma ou depressão. Uso de medicamentos como
antidepressivos.
Causas Masculinas:
As
principais causas são:
Alterações
do trato genital que impossibilita o depósito do esperma no fundo da vagina
durante o ato cirúrgico.
Problemas
de ereção.
Alterações
na produção do esperma (diminuição da qualidade e quantidade do esperma).
Situação
anômala do meato urinário; curvaturas muito pronunciadas do esperma ou uma
grande diminuição do mesmo.
Obesidade
extrema.
Normalmente,
80 a 85% dos casais alcançam uma gravidez após um ano e meio de tentativa (12 a
18 meses), sem utilização de métodos contraceptivos. Consequentemente, 15 a 20%
dos casais após esse período vão necessitar de uma assistência médica
especializada.
Para
detectar quais as possíveis causas para a dificuldade em ter um bebê, o casal
deverá realizar exames que avaliarão sua capacidade reprodutora. Para o homem
será indicado o espermograma. Já as mulheres podem fazer o exame clínico para
examinar o colo do útero e, em alguns casos, flutuações hormonais do ciclo
menstrual entre outros.
A
infertilidade não é um problema raro, muito pelo contrário, atinge cerca de 15% dos casais.
COMO DETECTAR O PROBLEMA:
O
Médico Especialista solicita exames para avaliar as possíveis causas da
infertilidade do casal. Sendo eles:
-
Exames Gerais: tais como hemograma, papanicolau, tipagem sanguínea, fator RH e
sorologias;
-
Exames Específicos: como avaliação seriada do muco cervical, ultrassonografia
endovaginal, dosagens hormonais, espermograma, histerossalpingografia, entre
outros.
-
A pesquisa básica específica para o Homem é o espermograma. Esse exame consiste
em avaliar se há algum problema no líquido seminal masculino, que possa estar
gerando a infertilidade.
O
espermograma é um exame obrigatório para casais inférteis, é colhido por masturbação,
após três dias de abstinência sexual. Se o primeiro exame não for esclarecedor,
deve ser realizado um novo exame em 15 dias. O volume recolhido varia de 2 a 5
ml de volume de esperma, contendo 20 milhões de espermatozoides por miligrama.
Já
a pesquisa básica específica feminina possui várias etapas. Devem ser
realizadas nos três períodos do ciclo: no menstrual, no periovulatório e na
fase lútea.
Na
primeira fase, é feita a seleção do folículo dominante, para avaliar as
flutuações hormonais do período fértil. A dosagem hormonal contida no folículo
reflete a reserva ovariana em relação à quantidade de folículos e à qualidade
dos óvulos. Quanto maior a produção de FSH, menor a resposta reprodutiva.
Também
é possível avaliar o potencial uterino através da ultrassonografia
transvaginal. O exame é realizado entre o terceiro e o quinto dia do ciclo,
quando o volume dos ovários apresenta significativamente o potencial fértil das
gônadas. A avaliação pelo muco cervical consiste em observar características
como volume, aspecto, elasticidade, cristalização, celularidade e pH. É
atribuído para cada parâmetro o valor de 1 a 3, e o muco cervical é considerado
bom quando a soma de todos os fatores é igual ou superior a nove.
Na
fase lútea, é calculada a dosagem da progesterona sérica. Por meio do exame de
sangue colhido no sétimo dia (na fase lútea média). Resultados superiores a
10ng/ml apresentam um equilíbrio hormonal.
A
última etapa da investigação é a histerossalpingografia, que é o estudo das
estruturas canaliculares e do fator tuboperitoneal. Esse exame é bastante útil
para informar as condições do trato reprodutivo feminino, e o único que permite
uma análise conjunta da cérvice, da cavidade uterina e das tubas.
Todos
esses exames se complementam, fazendo parte da pesquisa básica de
infertilidade. Ao identificar a dificuldade de engravidar, após um ano de
tentativas sem o uso de contraceptivo, o casal pode procurar um médico
especialista em Reprodução Humana, que solicitará os exames necessários. Sem a
investigação adequada, não é possível indicar o tratamento adequado para
solucionar o problema do casal.
TRATAMENTO DA INFERTILIDADE
Indução
da Ovulação:
Tem
o objetivo de estimular o ovário a produzir um óvulo na época fértil, e orienta
o casal a ter relações nessa época. É necessário o monitoramento da resposta
dos ovários, para que não haja mais de um folículo maduro ou uma
hiperestimulação dos ovários.
É
indicado para mulheres que apresentam distúrbios na ovulação, e em casos de
ovários policísticos. Também é considerada uma fase da Fertilização in vitro e
da Inseminação Intrauterina.
Fertilização
In Vitro (FIV):
Também
conhecida por “bebê de proveta”, é um procedimento no qual vários óvulos são
removidos por aspiração folicular, e são colocados juntamente com os
espermatozoides do parceiro (ou doador). Cada óvulo é inserido em meio de cultura
que contém cerca de 40.000 espermatozoides capacitados. A fecundação ocorre
espontaneamente.
É
indicado para casais que já tentaram outros métodos ou para aqueles que têm
impossibilidade de obter uma gravidez por métodos naturais ou assistidos. Apresenta
60% a 70% de índice de sucesso.
Inseminação
Intrauterina:
É
um dos tipos da reprodução assistida. Consiste na injeção de espermatozoides
vivos dentro do útero, geralmente 36 horas após a ovulação. Pode ser utilizada
em casos de distúrbios da ovulação, de muco cervical hostil e endometriose leve
(sem obstrução das trompas). É recomendada quando a causa da infertilidade é
indeterminada. Apresenta uma taxa de 60% de chance de gravidez, após três
ciclos.
Transferência
Intratubária de Gametas:
Consiste
na inserção conjunta de gametas masculinos e femininos dentro das tubas
uterinas. É indicada para distúrbios da ovulação, muco cervical hostil,
endometriose leve e infertilidade sem causas determinadas. Apresenta melhor
resultado, cerca de 50% por ciclo de tratamento. Entretanto, por ter um custo
financeiro comparável ao da fertilização in vitro, esse último é mais
recomendado.
ICSI:
É
a injeção introcitoplasmática de espermatozoide. É realizado por meio de uma
injeção de um espermatozoide dentro de um óvulo por meio de micromanipulação.
Os espermatozoides são obtidos por meio da coleta natural, aspiração do
epidídimo ou extração dos testículos. Tem 60% de êxito em mulheres com menos de
35 anos. Essa técnica permite esperança para homens que nunca teriam a
possibilidade de ter filhos. É uma variação da fertilização in vitro.
Antes
da realização do tratamento da infertilidade, é possível realizar uma análise
dos cromossomos, ou mesmo de uma fração dos genes por meio da técnica de
diagnóstico genético pré-implantacional. Nesse método, é possível identificar
doenças hereditárias e evitar o desenvolvimento da célula causadora.
O
tratamento cirúrgico está indicado em algumas causas de infertilidade. São
exemplos os miomas, os pólipos ou as malformações uterinas, as alterações
tubárias corrigíveis e a endometriose. Atualmente, dá-se preferência aos
procedimentos minimamente invasivos, como a laparoscopia e a histeroscopia.
Em
relação ao homem, pode-se considerar tratar cirurgicamente a varicocele ou
realizar a reversão da vasectomia. Além disso, quando não há espermatozóides no
sêmen ejaculado (azoospermia), podem ser necessários procedimentos cirúrgicos
para a coleta dos espermatozóides do testículo (punção do testículo ou
microdissecção do testículo) ou do epidídimo.
Os
remédios caseiros para a infertilidade se apresentam na forma de dieta,
exercícios, massagens e tratamentos a base de ervas naturais.
Ervas
para a infertilidade são uma poderosa alternativa para a medicina moderna e
devem ser usadas com cautela, já que são tão poderosas e eficazes. O óleo de
prímula, flor de trevo vermelho, óleo de semente de linho e folhas de framboesa
vermelha são algumas ervas comuns utilizadas para aumentar a circulação,
regular os períodos e melhorar a função uterina.
A
ingestão de grande quantidade de vitamina C é muito eficaz e útil para tratar o
problema da infertilidade masculina. Para a gravidez muco cervical é muito
importante e aumenta pela ingestão de uma quantidade suficiente de vitamina C.
Consumir grande quantidade de alimentos ricos
em cálcio também é muito eficaz no tratamento do problema da infertilidade
masculina. Você deve consumir alimentos ricos em cálcio, como queijo, leite e
iogurte. Tente consumir de duas a três porções de alimentos ricos em cálcio por
dia, já que é muito eficaz no tratamento do problema da infertilidade.
Dicas para Aumentar a Fertilidade Feminina:
Consumir
mais azeite de oliva e menos produtos industrializados. Acrescente proteínas
vegetais (cereais) na alimentação e reduza a quantidade de proteína animal
(carnes vermelhas).
Consuma
maior quantidade de frutas e vegetais, elimine da dieta os hidratos de carbono
(farinha branca) e o açúcar refinado. Além
disso, modere o consumo de lácteos e os refrigerantes, e café, substituindo-os
por sucos naturais e água.
De
acordo com altura e estatura física, manter o peso ideal (ou mais próximo
possível do ideal);
Eliminar
fontes de estresse;
Um
óvulo sobrevive entre 24 a 36 horas no corpo da mulher, mas os espermatozoides
têm a capacidade de viver mais tempo (até cinco dias) na parte inferior
reprodutiva feminina. Para que você aumente as possibilidades de engravidar é
preciso que tenha relações sexuais a partir dos três ou quatros dias antes da
ovulação e um ou dois dias depois.
Evitar
o hábito de fumar;
Coloque
na sua dieta, raízes comestíveis como inhame, batata-doce, nabo, batata,
macaxeira (mandioca) etc.
Vitamina
B e Vitamina E, seja por alimentos ou por complexo vitamínico (mas essas é melhor antes pedir orientação ao ginecologista,
pra saber se seu organismo precisa). Vitamina B pode ser encontrado em vegetais
folhosos como brócolis, espinafre, cereais como aveia, banana, e outros tipos
de carne como fígado, rim, ovos, etc. Já a Vitamina E é encontrada em Sementes
como a de chia, linhaça, semente de girassol, e também de origem animal como
ovos, fígado e gordura que envolve a carne.
Dicas para Aumentar a Fertilidade Masculina:
Ingerir
alimentos ricos em Vitamina A, selénio (importantes para a produção de
espermatozóides saudáveis), vitamina E (que aumenta a motilidade dos
espermatozóides), vitamina C (que ajuda a regulara produção do esperma), arginina (que promove a
vaso-dilatação, importante para o bom funcionamento do aparelho reprodutor
masculino, permitindo um maior fluxo sanguíneo) e, principalmente, de zinco
(que é um dos minerais mais importantes para a função reprodutiva, pois atua de
forma direta sobre os hormônios sexuais, estimulando a fertilidade) ajudando a
produzir espermatozóides mais fortes e ágeis.
Deve-se
evitar o hábito de fumar, pois o tabagismo reduz a contagem de espermatozoides,
inclusive para fumantes passivos. Por isso, além de parar de fumar, é preciso
evitar ambientes fechados e esfumaçados.
O
consumo exagerado de álcool e cafeína está diretamente relacionado aos baixos
níveis de testosterona e à disfunção erétil – além da baixa produção de
espermatozóides.
Roupas
íntimas, de banho ou calças jeans muito apertadas tendem a pressionar a
circulação, prejudicando a produção de espermatozoides e influenciando na
qualidade do esperma.
FONTES CONSULTADAS:
4 DICAS PARA AJUDAR
COM A INFERTILIDADE MASCULINA. Disponível em: < https://www.andrologia.com.br/4-dicas-para-aumentar-fertilidade-masculina/ >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
AMATO, Juliana. “Os principais tratamentos para infertilidade”. Disponível em: < https://fertilidade.org/content/principais-tratamentos-infertilidade >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
AMATO, Juliana. “Os principais tratamentos para infertilidade”. Disponível em: < https://fertilidade.org/content/principais-tratamentos-infertilidade >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
Como aumentar a fertilidade nas mulheres?. Disponível em: < https://melhorcomsaude.com/como-aumentar-fertilidade-nas-mulheres/ >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
INFERTILIDADE
MASCULINA. Disponível em: < http://www.gineco.com.br/saude-feminina/infertilidade/infertilidade-masculina/ >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
Remédios Caseiros Para a Infertilidade. Disponível em: < https://www.saudedicas.com.br/remedios-caseiros/remedios-caseiros-para-a-infertilidade-2531889 >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.
Remédios Caseiros Para a Infertilidade. Disponível em: < https://www.saudedicas.com.br/remedios-caseiros/remedios-caseiros-para-a-infertilidade-2531889 >. Acesso em: 07 de janeiro de 2018.