A gestação é um processo complexo, que envolve uma série de mudanças fisiológicas e físicas no organismo da mulher, podendo gerar respo...
A gestação é um processo complexo, que envolve uma série de mudanças fisiológicas e físicas no organismo da mulher, podendo gerar respostas diferentes em cada uma delas.
Existe ainda, um importante fator psicossocial atrelado, relativo à ausência de planejamento da gestação, apoio familiar e do cônjuge, situação profissional e financeira, etc.
O preparo para o momento do nascimento também pode gerar estresse, medo e ansiedade, bem como os primeiros dias que seguem o parto.
Todos estes fenômenos podem interferir na relação que existirá entre a mãe e o filho, constituindo o binômio mãe-bebê. O enfermeiro pode ser o profissional chave na construção deste processo, e a seguir, você descobrirá como isso pode ser feito!
Abordagem pré-natal
Como nem sempre as consultas obstétricas são realizadas por um médico, a maioria parte do contato com profissionais que as gestantes terão será com a enfermagem. O acompanhamento tende a ser mensal, aumentando a frequência no último trimestre de gestação.
Muito além da abordagem da situação clínica da mulher, seus medos, angústias e ansiedades devem ser abordados em todas as consultas, pois são esses fatores que irão interferir na relação que está sendo construída com o feto.
Para tanto, cabe ao enfermeiro:
1) Conhecer se a gestação foi planejada ou não, e caso não tenha sido, incentivar a busca de apoio e oferecê-lo a paciente;
2) Identificar fatores que possam identificar a presença de transtornos mentais ou sintomas que coloquem em risco a saúde do bebê;
3) Realizar o acompanhamento de todo o pré-natal da paciente, preferencialmente, sem mudança constante de profissionais, para evitar que o vínculo seja afetado.
Preparo para o parto
Cada mulher idealiza o momento do parto de uma maneira, conforme as suas experiências de vida, relato de outras mães do seu ciclo social, histórias ouvidas, e muito mais.
Este é um aspecto que deve ser abordado pela enfermagem, no intuito de conhecer as expectativas da gestante quanto a esse momento.
Além disso, as dúvidas devem ser esclarecidas, e o profissional deve-se colocar a disposição para amenizar a ansiedade que o parto pode causar.
Orientações clínicas podem ser feitas às gestantes que optarem pelo parto normal, como a prática de atividades físicas (dentro dos limites de cada uma), estímulo às relações sexuais, exercícios de fortalecimento de musculatura pélvica, e muito mais.
Estímulo à amamentação
Diversos estudos científicos já comprovaram que a amamentação, desde o primeiro dia de vida, interfere de forma positiva na relação e vínculo criados entre mãe e filho.
Sendo assim, cabe à enfermagem orientar os pais sobre essa importância, e também ensinar sobre o passo a passo do aleitamento.
Uma das dúvidas mais comuns é sobre a demora da descida de leite, e nesse sentido, a amamentação deve ser incentivada ainda que não haja a sua produção, afinal, a sucção estimulará o processo.
Contato no primeiro minuto
Quando o bebê nascer em boas condições clínicas, recomenda-se que ele seja colocado em contato com a pele materna ainda no primeiro minuto de vida, com o intuito de estimular o binômio mãe-bebê saudável e afetivo.
Obviamente, situações clínicas que contraindicarem esta prática devem ser resolvidas o quanto antes, e deve-se evitar ao máximo o distanciamento do bebê de sua mãe.
Consultas de puerpério
Após o nascimento e a alta da puérpera, esta deverá ser orientada sobre a necessidade de retorno no 10º e 40º dias de pós-parto.
Nestes momentos, a enfermagem deve atuar na investigação de sintomas que remetam, principalmente, a depressão pós-parto, pois situações mais graves podem colocar em risco a vida tanto do bebê, quanto da mãe.
PERFEITAMENTE RICO ESSE CONTEUDO E VALE A PENA
GOSTEI