A galactorreia é a produção de leite pelas mamas fora do período de lactação normal (pós-parto), sendo uma secreção indevida que pode ocorre...
A galactorreia é a produção de leite pelas mamas fora do período de lactação normal (pós-parto), sendo uma secreção indevida que pode ocorrer tanto em pessoas do sexo feminino quanto masculino. Isso mesmo, pode acometer os homens também, uma vez que eles também possuem glândulas mamarias.
Essa secreção indevida, normalmente advém de adenoma hipofisário secretor de prolactina (hormônio produzido pelo cérebro, com função de induzir a formação de leite). A secreção pode provir de apenas uma das mamas ou de ambas, e pode variar na cor, composição e consistência.
Causas da Galactorreia
Podemos citar como principais causas do aumento de prolactina indevida, fatores como:
- Alterações da hipófise: Cistos, inflamações e tumores, sendo que, entre os tumores, o mais recorrente é o adenoma hipofisário, que é um tumor benigno da hipófise;
- Estimulação das mamas ou da parede torácica: o principal exemplo de estimulação é a sucção das mamas pelo bebê, o que ativa as glândulas mamárias e intensifica a produção de prolactina cerebral e, consequentemente, a produção de leite;
- Doenças que causam distúrbios hormonais: entre as mais comuns estão o hipotireoidismo, cirrose do fígado, insuficiência renal crônica, doença de Addison e síndrome dos ovários policísticos;
- Câncer de mama: pode causar galactorreia em um mamilo único, geralmente com sangue;
- Uso de medicamentos: como por exemplo, alguns neurolépticos, antidepressivos, fenotiazinas, narcóticos e alguns medicamentos utilizados no tratamento da hipertensão arterial;
Sono, estresse, uso de contraceptivos orais, exercícios físicos muito intensos e alimentação inadequada também podem contribuir para o caso.
Sintomas da Galactorreia
A galactorreia é o principal sintoma da hiperprolactinemia (excesso de prolactina no organismo). O aumento desse hormônio pode provocar diversas mudanças em nosso organismo, assim podemos citar como sintomas
- Excreção de líquido que pode vir ou não acompanhado de sangue;
- Redução de estrogênio e testosterona;
- Amenorreia, que é a interrupção da ovulação e menstruação na mulher;
- Impotência sexual e disfunção erétil, no homem;
- Infertilidade e diminuição do desejo sexual;
- Osteoporose;
- Dor de cabeça;
- Alterações visuais, como turvação e visão de pontos brilhantes.
Diagnóstico e tratamento
Para obtenção do diagnóstico, a anamnese do paciente é de suma importância, além disso são feitos exames de sangue para medir as concentrações de prolactina e de outros hormônios e exames de imagem que podem identificar a presença de tumores.
O tratamento depende da causa, se houver tumor, o mesmo pode ser tratado com fármacos e em casos mais graves, necessitar de cirurgia, vale lembrar que por afetar diversas áreas é necessário o acompanhamento do paciente por equipe multidisciplinar como oftalmologista, neurologista etc.
Caso não haja tumor, pode-se tratar apenas com medicamentos adequados, reposição hormonal ou ainda suspensão de algum fármaco que o paciente esteja usando.
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