A diabetes gestacional (DG) é uma condição metabólica peculiar da gestação e que se deve ao aumento da resistência insulínica causada pelo...
A diabetes gestacional (DG) é uma
condição metabólica peculiar da gestação e que se deve ao aumento da
resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais. Essa resistência gera
aumento do açúcar no sangue, a hiperglicemia.
Geralmente a diabetes gestacional
se desenvolve próximo do 3º trimestre de gravidez provocada pelos hormônios da
gestação que causam uma resistência à insulina. Este tipo de diabetes
normalmente acaba depois do parto e, raramente, gera sintomas, embora, em
alguns casos, possa surgir visão turva e muita sede.
As alterações no metabolismo
materno impactam nas demandas nutricionais e metabólicas do feto, que recebe os
nutrientes através da placenta, e por isso precisam ser diagnosticadas o quanto
antes para evitar riscos para o bebê e para a mãe.
Como diagnosticar a diabetes gestacional?
A maioria das melhores só
descobre que tem diabetes gestacional durante a triagem de rotina no pré-natal,
já que é uma doença silenciosa.
É a partir deste diagnóstico que
o acompanhamento nutricional se torna imprescindível para que mãe possa
continuar fornecendo os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê,
sem comprometer os índices glicêmicos.
Algumas gestantes podem
apresentar indícios de que os níveis de açúcar no sangue estão muito elevados,
são eles:
- Aumento da sede;
- Necessidade de fazer xixi com mais frequência do que o habitual;
- Boca seca;
- Cansaço
Vale ressaltar que estes sintomas
são bem comuns e genéricos, podendo surgir durante a gravidez mesmo que não se
tenha a diabetes gestacional. Portanto, é importante realizar os exames de rotina
no pré-natal.
Fatores de risco para a diabetes gestacional
Qualquer mulher pode desenvolver DG
durante a gravidez, mas o risco é maior para as mulheres que se encaixam em
algum desses grupos:
- Índice de massa corporal (IMC) está acima de 30;
- Se já teve um bebê que pesava 4,5 kg ou mais ao nascer;
- Se já teve diabetes gestacional em uma gravidez anterior;
- Se seus pais ou irmãos tem diabetes;
- Se você tem pressão alta;
- Gestação em idade avançada;
Este são pontos de atenção para informar seu médico nas consultas de rotina do pré-natal.
Principais sintomas da DG
- Aumento do apetite;
- Ganho de peso;
- Maior vontade para urinar;
- Visão turva;
- Excesso de sede;
- Infecções urinárias mais frequentes.
Por ser sintomas comuns na
gravidez, o médico deve solicitar o exame da glicose pelo menos 3 vezes durante
a gestação, sendo geralmente o primeiro exame realizado na 20ª semana de
gestação. Para confirmar o diagnóstico de diabetes gestacional o médico
normalmente indica a realização do exame de curva glicêmica para verificar os
níveis de glicose ao longo do tempo
Como tratar a diabetes gestacional?
O tratamento para diabetes
gestacional tem como objetivo promover a saúde da mãe e do bebê, evitando
complicações como baixo peso para a idade gestacional e distúrbios
respiratórios e metabólicos. É importante que o tratamento seja feito sob
orientação de um nutricionista, do obstetra e do endocrinologista para que o
controle da glicemia seja eficaz.
O que vai ajudar a controlar seus
sintomas sem a necessidade de medicação é uma dieta saudável e balanceada. Ou
seja, algo que seja rico em fibras e proteínas, mas que também inclua a
quantidade certa de carboidratos e gorduras, principalmente o que chamamos de
carboidratos complexos, por exemplo, legumes, grãos inteiros e vegetais ricos
em amido, como batata-doce e abóbora.
Abaixo uma lista de alimentos ricos
em carboidratos complexos e que não precisam ser excluídos da dieta.
- Grão de bico;
- Batata Doce;
- Feijão preto;
- Quinoa;
- Arroz Integral;
- Lentilha;
- Aveia;
- Centeio;
- Cenoura;
- Amendoim
Quais os riscos da DG para a mãe e o bebê?
Os riscos para as mães incluem
chance aumentada para pré-eclâmpsia, parto prematuro, diabetes no futuro e
risco de aborto.
Já para o bebê, devido à
exposição dos níveis elevados de glicemia e insulina, pode ocorrer de ganhar
peso excessivamente e leva ao crescimento desproporcional de alguns órgãos.
Nos primeiros dias de vida,
existe risco aumentado para hipoglicemia, que é quando o nível de açúcar está
baixo no sangue. Essa condição causa diversos sintomas graves, como convulsão,
coma, lesão neurológica permanente e morte.
Ainda há predisposição aumentada
para obesidade, síndrome metabólica e diabetes na infância e vida adulta
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