A Sonda Vesical de Demora (SVD) é um procedimento médico invasivo que envolve a inserção de um tubo fino e flexível na bexiga para drenar a ...
A Sonda Vesical de Demora (SVD) é um procedimento médico invasivo que envolve a inserção de um tubo fino e flexível na bexiga para drenar a urina. Este procedimento pode ser realizado por um médico ou um enfermeiro treinado, utilizando técnicas assépticas para reduzir o risco de infecção.
Responsabilidade do enfermeiro na inserção da SVD
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), a inserção da SVD é considerada uma atividade privativa do enfermeiro, exigindo complexidade técnica, conhecimento científico e capacidade de tomar decisões imediatas.
Cuidados prévios à passagem da SVD
Antes da inserção da SVD, é essencial realizar alguns cuidados de enfermagem, tais como:
- Avaliar a necessidade da SVD e verificar as condições clínicas do paciente;
- Explicar o procedimento e obter o consentimento informado do paciente;
- Verificar a prescrição médica e confirmar a dose e tipo de anestésico que será utilizado;
- Preparar um ambiente tranquilo e com todos os materiais necessários ao alcance do profissional e paciente;
- Realizar higiene das mãos e utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) antes de manipular a sonda vesical e o paciente;
- Preparar o material necessário para a passagem da sonda e garantir que o paciente esteja em posição adequada;
- Realizar a higiene genital externa do paciente com solução antisséptica, utilizando técnicas assépticas;
- Preparar o campo estéril para a inserção da sonda;
- Realizar a assepsia das mãos e utilizar luvas estéreis para a inserção da sonda;
- Lubrificar a ponta da sonda com gel estéril e inseri-la cuidadosamente, seguindo as técnicas de inserção apropriadas;
- Fixar a sonda com um suporte apropriado e conectá-la à bolsa coletora de urina.
Materiais utilizados na passagem da SVD
Para a passagem da SVD, são necessários alguns materiais de enfermagem, como:
- Sonda vesical de demora, escolhendo o tamanho adequado;
- Pacote de campos estéreis;
- Luvas estéreis, escolhendo o tamanho de acordo com a necessidade;
- Seringa de 10ml ou 20ml com bico adequado;
- Solução antisséptica (como povidona-iodo ou clorexidina);
- Lubrificante estéril à base de água ou gel de anestésico tópico;
- Bolsa coletora de urina com sistema de drenagem;
- Fita adesiva hipoalergênica;
- Saco plástico para descarte dos materiais;
- Toalhas de papel ou compressas estéreis.
Cuidados de enfermagem após a passagem da Sonda Vesical de Demora (SVD)
Após a passagem da sonda vesical de demora, é importante que o enfermeiro realize alguns cuidados para garantir a segurança e o conforto do paciente. Aqui estão algumas medidas que devem ser tomadas:
- Verificar se a sonda está funcionando corretamente e se há fluxo adequado de urina para a bolsa coletora.
- Verificar o volume de urina drenada e registrar o débito urinário.
- Monitorar a aparência da urina e a presença de sangue ou outros sinais de infecção.
- Realizar a higiene genital do paciente com solução antisséptica, utilizando técnicas assépticas.
- Verificar a presença de sinais de dor ou desconforto no paciente e realizar as intervenções necessárias para aliviá-los.
- Verificar a fixação da sonda e realizar os ajustes necessários para evitar tração ou desconforto.
- Realizar a higiene das mãos e utilizar EPIs antes de manipular a sonda e o paciente.
- Verificar se o paciente está confortável e se há necessidade de alterar a posição do leito.
- Verificar se o paciente apresenta sinais de infecção urinária e realizar ações para prevenção ou tratamento.
Além disso, é importante que o enfermeiro oriente o paciente sobre os cuidados necessários com a sonda vesical, como evitar tração ou manipulação da sonda, manter a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga, manter a higiene genital adequada e manter a sonda limpa e seca.
Complicações possíveis da passagem da Sonda Vesical de Demora (SVD)
Embora a passagem da sonda vesical de demora seja um procedimento comum e geralmente seguro, podem ocorrer algumas complicações. É importante que o enfermeiro esteja ciente dessas possíveis complicações e saiba como preveni-las ou tratá-las. Aqui estão algumas complicações possíveis da passagem da SVD:
Infecção do trato urinário: é uma complicação comum e pode ser prevenida com a adoção de técnicas assépticas adequadas durante a passagem da sonda e a manutenção da higiene genital do paciente.
Trauma uretral ou vesical: pode ocorrer devido a manipulação inadequada da sonda ou inserção incorreta, causando dor e desconforto para o paciente. É importante que o enfermeiro tenha conhecimento adequado das técnicas de inserção e siga os protocolos de segurança para evitar essa complicação.
Obstrução da sonda: pode ocorrer devido a acúmulo de sedimentos ou coágulos sanguíneos na sonda, causando retenção urinária e desconforto para o paciente. É importante que o enfermeiro verifique regularmente a bolsa coletora e a aparência da urina para detectar sinais de obstrução.
Incontinência urinária: pode ocorrer devido a falhas na fixação da sonda ou manipulação inadequada, causando vazamento de urina e desconforto para o paciente. É importante que o enfermeiro verifique
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