A causa do Câncer Gástrico é multifatorial e os componentes de riscos podem ser de origem infecciosa como a infecção gástrica pelo Hel...
A causa do Câncer Gástrico é multifatorial e os componentes de riscos podem ser de origem infecciosa como a infecção gástrica pelo Helicobacter pylori; idade avançada e gênero masculino; hábitos de vida como dietas pobres em produtos de origem vegetal, dieta rica em sal, alimentos em conservas como defumados; exposição á drogas, como o tabagismo; associação com doenças, como gastrite crônica atrófica, anemia perniciosa, pólipo adenomatoso do estômago, acloridria, ulcera gástrica e genética.
O câncer gástrico é o quarto tumor maligno mais frequente entre os homens e o sexto entre as mulheres, segundo estimativa do INCA.
O prognostico geralmente é ruim quando feito tardio, porque muitos pacientes estão assintomáticos durante os estágios iniciais da doença sendo diagnosticados depois da invasão local ou metástase.
O tipo mais comum (mais de 90% dos casos) é o adenocarcinoma: ele pode ocorrer em qualquer local do estômago. O tumor infiltra-se na mucosa adjacente, penetrando na parede do estômago e nas estruturas e órgãos próximos. O fígado, pâncreas, esôfago e duodeno são frequentemente afetados. A metástase através dos vasos linfáticos até a cavidade peritoneal acontece tardiamente na doença.
Alguns sinais e sintomas podem ser sugestivos desse carcinoma, entre eles:
Sintoma precoce: como a dor associadas aquelas das ulceras benignas aliviadas com antiácidos.
Sintomas da doença progressiva: dispepsia, saciedade precoce, perda de peso, dor abdominal exatamente acima do umbigo, perda ou diminuição do apetite, distensão abdominal após as refeições, náuseas, vômitos (hematêmese), melena, e sintomas semelhantes ao da ulcera péptica.
A esofagogastroduodenoscopia para biopsia e lavados citológicos são exames de escolha para diagnóstico, além do radiográfico baritado do trato gastro intestinal superior, Ultrassom endoscópica e Tomografia Computadorizada método importante para o estagiamento, pois determina a existência de metástase.
O paciente com tumor aparentemente ressecável deve submeter-se a um procedimento cirúrgico para ressecar o tumor e os linfonodos apropriados. Uma gastrectomia total, subtotal ou radical também podem ser realizadas a depender do estagio do carcinoma com o objetivo de diminuir a possibilidade de disseminação para linfonodos ou recidiva metastática. Em alguns casos deverá ser aliado à quimioterapia e/ou radioterapia. O sucesso do tratamento está atrelado a não metástase, ou seja, quando o tumor ainda está localizado no estomago.
Principais diagnósticos de enfermagem ao paciente com câncer gástrico:
- Ansiedade relacionada com a doença e tratamento previsto;
- Nutrição alterada, menor que as demandas corporais relacionada com a saciedade precoce ou anorexia.
- Pesar antecipado relacionado com o diagnostico do câncer;
- Déficit de conhecimento relativo ás atividades de autocuidado;
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM
- Reduzir a ansiedade
- Promover a Nutrição
- Aliviar da Dor
- Fornecer apoio psicossocial
- Promover o cuidado
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Oferecer um ambiente descontraído e não ameaçador, para que o paciente possa expressar seus medos, preocupações e, possivelmente raiva a respeito do diagnostico e prognóstico.
Incentivar a família ou outras pessoas significativas a apoiar o paciente, oferecer apoio e auxiliar em outras medidas de enfrentamento. Também poderá sugerir conversa com uma pessoa de apoio, por exemplo, um conselheiro espiritual (Padre, Pastor etc), caso o paciente deseje.
Incentivar o paciente a ingerir porções pequenas e frequentes de alimentos não irritantes.
Quando se efetua a gastrectomia total, orientar quanto à necessidade da reposição de vitamina B12. Monitorar a terapia IV e o estado nutricional, registrando a ingestão, débito e o peso diário para garantir que o paciente esta mantendo ou ganhando peso.
Avaliar os sinais de desidratação (sede, mucosas secas, turgor cutâneo deficiente, taquicardia, débito cardíaco diminuído). Rever diariamente resultados de exames laboratoriais para observar qualquer anormalidade metabólica (sódio, potássio, ureia, glicemia). Os ante eméticos e analgésicos são administrados de acordo com a prescrição.
Avaliar rotineiramente a frequência, intensidade e duração da dor para determinar a eficácia do analgésico.
Sugerir método não farmacológico para o alivio da dor, como as mudanças de posição, imagem orientada, distração, exercícios de relaxamento e massagens de acordo com as limitações e individualidade de cada paciente.
Responder honestamente ás questões do paciente e incentiva-lo a participar nas decisões de tratamento. Oferecer apoio emocional e envolver os familiares sempre que possível. Isso inclui reconhecer as oscilações de humor e mecanismo de defesa como, negação, racionalização, deslocamento e regressão. As atividades de autocuidado dependem do tipo de tratamento empregado: cirurgia, quimioterapia, radiação ou cuidados paliativos. O ensino do paciente e da família incluirá informações a respeito da dieta e nutrição, regimes de tratamento, atividades e alterações no estilo de vida, tratamento da dor e possíveis complicações.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G.; HINKLE, Janice L.; CHEEVER, Kerry H. Brunner & Suddarth – Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica. 11ª edição, Editora Guanabara Koogan – Rio de Janeiro, 2010. Pgs. 1063-1066.