O cateter venoso central (CVC) é um sistema intravascular utilizado para administração de fármacos, infusão de derivados sanguíneos, nut...
O cateter venoso central (CVC) é um sistema intravascular utilizado para administração de fármacos, infusão de derivados sanguíneos, nutrição parenteral, monitorização hemodinâmica, terapia renal substitutiva, entre outros. É um dispositivo que pode permanecer no paciente por longo período, minimizando o trauma associado às repetidas inserções de um cateter venoso periférico.
A cateterização venosa central é um procedimento amplamente
utilizado em pacientes críticos, os quais demandam assistência à saúde de alta
complexidade.
Os cuidados de enfermagem à pessoa com cateter venoso
central exigem conhecimentos teórico-práticos indispensáveis para a correta
manipulação e manutenção desse dispositivo, evitando complicações que poderão
ser de enorme gravidade, retardando a recuperação ou mesmo, elevando as taxas
de óbito, tanto de adultos como crianças.
Locais de inserção:
As veias jugular interna, subclávia e femoral são as escolhidas
para a inserção do CVC. Apesar de sua utilização em pacientes críticos
apresentar benefícios, este implante pode gerar riscos aos pacientes, como a
formação de trombos e consequente embolia, além de infecções primárias da
corrente sanguínea. Sendo esta ultima a mais comumente relacionada às infecções
associadas à elevada taxa de mortalidade, a um maior tempo de internação e a
incrementos nos custos relacionados à assistência.
A equipe de enfermagem atua como agente minimizador dos
riscos além de ter papel de suma importância na manutenção da qualidade
assistencial para o paciente, uma vez que esses profissionais precisam basear
suas ações de cuidados em evidências científicas.
- Hipovolemia Refratária
- Hipotensão Grave
- Medida de PVC
- Hemocomponentes
- Utilização de Drogas Vasoativas
- Acesso periférico difícil, quimioterapia, transplante de medula óssea, nutrição parenteral.
Recomendações para Enfermagem:
Lavagem das mãos:
A adoção de medidas universais e a higienização das mãos são primordiais,
com utilização de sabões antissépticos e água ou álcool-gel sempre que
substituir ou realizar curativo do cateter vascular. O uso de luvas não elimina
a necessidade de higienização das mãos.
Curativos:
Curativos de curta permanência deverão ser trocados a cada dois dias,
no caso do uso de gazes. Quando o curativo for filme transparente recomenda-se
que a troca deverá ser feita a cada sete dias.
Durante a realização do curativo deve ser inspecionado presença de
hiperemia, secreções, hematomas e questionar o paciente sobre intercorrências
como hipertermia, dor da inserção do cateter, sangramento local, entre outros.
Sinais de infecções:
A troca de cateter deverá ser feita levando-se em consideração as
condições locais e o quadro clínico do paciente.
Ao primeiro sinal de inflamação, secreção, trombose ou febre sem foco
infeccioso conhecido, o cateter deve ser retirado e solicitada cultura de sua
ponta.
Reduzir a incidência de infecção cruzada representa uma batalha que
demanda a implementação de estratégias estruturadas no enfoque
multiprofissional. Vale destacar, que, atualmente, o índice de infecção nos
serviços de saúde constitui um dos principais indicadores da qualidade de
assistência.