Todo material utilizado para procedimentos e atendimentos em saúde, deverá passar por processos que garantam a exclusão de todos os mi...
Todo material utilizado para procedimentos e atendimentos em saúde, deverá passar por processos que garantam a exclusão de todos os microorganismos e/ou outras substâncias, tornando-os passíveis de reutilização (quando possível).
Para a padronização e adequação destes processos, diversos estudos científicos foram feitos, no intuito de identificar quais os melhores métodos a serem utilizados. Para tal, foram redigidas diretrizes, e estas podem se adequar dentro de cada serviço médico-hospitalar.
De uma forma geral, podem-se classificar os materiais utilizados em:
- Críticos: são aqueles que entram em contato com tecidos cruentos.
- Semicríticos: correspondem a instrumentos que tiveram contato com a mucosa do paciente.
- Não críticos: são artigos que tiveram contato apenas com a pele do paciente.
É de fundamental importância que o enfermeiro conheça todas as etapas deste processo! Confira-as a seguir:
1) Descontaminação
A descontaminação pode ser entendida como um processo mais “superficial”, em que devem ser removidos, de forma grosseira, os microorganismos presentes no artigo.
2) Limpeza
Trata-se da remoção química e/ou mecânica dos artigos, com o intuito de remover materiais maiores e que possam estar incrustados nos instrumentos.
Para isso, podem ser usados estiletes, seringas, detergentes, e outros.
3) Desinfecção
Agora, já se trata de um processo mais “fino”, e que objetiva a remoção de patógenos ou organismos não patógenos que tenham advindo do organismo do paciente.
O processo pode ocorrer de duas maneiras:
- Físico: através de lavadoras desinfetadoras, exclusivas para este fim.
- Químico: pela imersão em substâncias químicas apropriadas, como ácido peracético.
4) Esterilização
Depois da desinfecção, a esterilização possui uma função a mais, que é a remoção de organismos esporulados – que geralmente não conseguem ser removidos apenas com a desinfecção.
Para isso, podem ser usadas substâncias químicas, autoclaves, as quais agem através do aumento de temperatura, sendo o aquecimento responsável pela morte dos patógenos.
5) Controle de Qualidade
Você deve estar se perguntando como é possível ter a certeza de que tudo foi feito da maneira correta, não?
Para isso, existem parâmetros e processos utilizados no controle de qualidade do processamento do material. Dentre eles, podemos citar:
- Fitas adesivas: são utilizadas quando os artigos vão para a autoclave, e mudam de cor/aspecto quando se atinge uma determinada temperatura.
- Termostatos e relógios: estes também são utilizados nas autoclaves, para o controle de temperatura atingida.
- Marcadores químicos: quando o processamento for feito por meios químicos, fitas também podem ser usadas para “marcar” se o resultado foi obtido ou não.
A periodicidade deste controle varia conforme as regras estabelecidas em cada país, bem como os testes de escolha.
6) Validação do processo
Como etapa final, a validação é necessária. Esta pode ser possível através de um conjunto de ações, que tem como fim atingir os objetivos estabelecidos previamente em protocolo.
Em linhas gerais, pode-se dizer que através de processos realizados periodicamente, é garantida a segurança do paciente através do uso de instrumentos/artigos adequadamente preparados e totalmente livres de patógenos e/ou microorganismos.
Só fazendo uma correção, de acordo com a RDC de 15/03/2012 no
Art. 92 Não é permitido o uso de estufas para esterilização de produtos para saúde.
Só fazendo uma correção, de acordo com a RDC de 15/03/2012 no
Art. 92 Não é permitido o uso de estufas para esterilização de produtos para saúde.